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Zona do euro precisam ter confiança restaurada, diz OCDE

09:31 | 06/09/2012
A crise da zona do euro enfraqueceu a economia mundial ainda mais durante o verão (no Hemisfério Norte), afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), recomendando que os políticos e os banqueiros centrais na problemática zona do euro adotem ações mais decisivas para restaurar a confiança.

A OCDE disse que as economias da Alemanha, França e Itália, as três maiores da zona do euro, têm recuado desde o segundo trimestre, e continuará contraindo até o fim do ano.

A economia mundial tem sido afetada adversamente pela crise da zona do euro no comércio e canais de confiança, e, dentro do problemático bloco econômico, a fraqueza na periferia está se espalhando para o núcleo, disse a OCDE.

A organização recomendou que os governos da zona do euro aumentem a transparência em seus sistemas bancários a fim de romper o círculo vicioso em que os temores de solvência dos bancos e seus países soberanos alimentam uns aos outros. As instituições de crédito da zona do euro estão sendo cada vez mais afetadas por problemas que vão desde o estouro de uma bolha imobiliária a um aumento nos empréstimos ruins, devido ao mau estado da economia.

"O pleno reconhecimento de empréstimos inadimplentes, reforçado pela supervisão comum, e a disponibilidade de fundos públicos em toda a região para recapitalização, são cruciais para romper esse ciclo", destacou a OCDE.

O economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, afirmou que o equilíbrio necessário das economias da zona do euro está em andamento, à medida que as balanças comerciais dentro da região continuam a estreitar, devido à queda acentuada na absorção doméstica em países que estão recebendo ajuda e na Espanha. Ainda assim, ele observou que o crescimento e o pacto de Crescimento e Empregos aprovado pelos líderes da UE em junho deverá ter provavelmente um efeito modesto sobre as economias endividadas do continente, e precisa ser complementado com uma ampla reforma para aumentar a competitividade nos países periféricos.

A OCDE também apontou fragilidades em outros importantes players globais. Os EUA, cuja economia deverá crescer a um ritmo de 2% anualizado no terceiro trimestre, e acelerar para 2,4% nos últimos três meses do ano, enfrenta grandes riscos no próximo ano, quando, a menos que a legislação atual for alterada, o aperto fiscal maior necessário para reequilibrar as finanças públicas irá arrastar a maior economia do mundo para recessão.

A economia japonesa é vista se recuperando de uma contração acentuada no terceiro trimestre, quando encolheu 2,3% em uma base anualizada de acordo com estimativas da OCDE, e deverá se recuperar da estagnação nos últimos três meses do ano. Ainda assim, o organização disse que a prioridade do governo em Tóquio deve ser a criação de um plano de consolidação detalhado e crível para as suas finanças públicas. As informações são da Dow Jones.

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