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Relatório sobre apagão sairá em 20 dias, diz ministro

17:56 | 24/09/2012
O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou nesta segunda-feira que o relatório final a respeito do apagão que atingiu parte do País no último sábado será concluído em até 20 dias. Segundo ele, na reunião desta segunda, foram feitas análises preliminares, mas o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vai começar a analisar as causas do incidente e deve ter mais informações e dados sobre a ocorrência já nesta terça-feira (25).

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também vai investigar as causas e vai colaborar com o relatório. O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, explicou que, normalmente, uma falha como o curto-circuito que ocorreu na subestação de Imperatriz (MA) no sábado é eliminada localmente, mas a proteção local não funcionou devido a um incêndio. Com isso, a proteção de retaguarda precisou atuar, por meio do corte seletivo de parte das cargas, para evitar um apagão como o que houve em 2011. "Essa é a razão pela qual o sistema foi recomposto rapidamente.

Todos os Estados colaboraram com uma parte. Foi completamente diferente do apagão de 2011", afirmou. "Foi um corte seletivo, de 30% a 35% do total das cargas atendidas, com uma recomposição de mais de 70% em menos de 20 minutos. É importante diferenciar."

Segundo ele, 11 Estados foram atingidos: todos os da Região Nordeste, além de Pará, Tocantins e Maranhão (atendido pelo sistema da Região Norte). Chipp disse que 1,5 milhão de pessoas foram afetadas no Pernambuco, 1 milhão no Maranhão e 250 mil no Ceará. "Para um desligamento desse porte, as consequências poderiam ter sido piores", afirmou Chipp. "O impacto foi relativamente pequeno, comparado com a gravidade do evento."

Zimmermann admitiu que o problema teria sido menor caso o equipamento de proteção local não houvesse falhado. O ministro reiterou, porém, que as empresas do setor elétrico têm planos de manutenção. "A Eletronorte passa um termovisor a cada seis meses e faz uma revisão completa a cada cinco anos. O equipamento teria passado recentemente pela termovisão e estava com revisão em dia", explicou.

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