ONU defende ação urgente contra alta dos alimentos
Em comunicado conjunto, as agências disseram que o clima adverso puxou os preços dos alimentos com força em três ocasiões nos últimos cinco anos, somando-se à especulação financeira e à formação de estoques para propósitos não alimentares. A FAO, o WFP e o Ifad disseram que dois problemas precisam ser combatidos: o impacto imediato que a alta dos alimentos pode ter sobre países dependentes das importações e sobre as pessoas mais pobres; e as dificuldades de produção, comércio e consumo de alimentos no longo prazo, considerando o aumento da população, a demanda e as mudanças climáticas.
A FAO, o WFP e o Ifad avaliam que o mundo está vulnerável a choques nos preços dos alimentos, pois a produção global de grãos é apenas o suficiente para atender à demanda por alimentos, ração e combustíveis, que cresce rapidamente. Eles acreditam que os riscos estão no fato de que apenas alguns países são grandes produtores de alimentos básicos e, por isso, quando eles são afetados, todos são.
As agências disseram que uma produção sustentável de alimentos precisa ser promovida nos países pobres e importadores, disponibilizando alimentos nos mercados locais e oferecendo empregos e renda. O fato de que um terço dos alimentos produzidos é perdido ou desperdiçado também precisa ser analisado.
O Banco Mundial previa um ano calmo para os preços dos alimentos em 2012, até que os efeitos da seca nos Estados Unidos e no Leste Europeu viessem à tona. Na semana passada, o Banco Mundial disse que os preços dos alimentos subiram 10% em julho, depois que a produção de milho e soja dos Estados Unidos foi prejudicada por uma prolongada estiagem. Condições similares são observadas na Rússia, na Ucrânia e no Casaquistão, onde as safras de trigo foram reduzidas. Agora, a expectativa é de que os preços dos alimentos permaneçam em níveis elevados "num futuro próximo", por causa das incertezas sobre a oferta. As informações são da Dow Jones.