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Novo estímulo do Fed prejudicará emergentes

16:06 | 18/09/2012
A última rodada de estímulo monetário nos Estados Unidos, também chamada de "quantitative easing", irá criar muitos problemas para países emergentes e o Brasil agirá para evitar que o real se valorize, afirmou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ao falar para jornalistas depois de uma reunião em Paris com seu contraparte francês, Pierre Moscovici, Mantega expressou preocupações de que mais estímulo monetário irá reduzir o valor do dólar e, como consequência, prejudicar a competitividade brasileira nos mercados exportadores.

"Eu não acredito que isso (novo afrouxamento monetário) irá resolver muitos problemas dos Estados Unidos, mas irá causar vários problemas para os países emergentes", disse Mantega a jornalistas.

Ao lançar uma terceira rodada de afrouxamento monetário, o Federal Reserve, banco central norte-americano, prometeu no começo deste mês comprar 40 bilhões de dólares de títulos hipotecários por mês, numa ação visando a diminuir as taxas de juros.

O Brasil tem sido um dos maiores críticos ao afrouxamento monetário do Fed e está lutando para evitar fluxos de capital a partir de ativos de baixo rendimento em dólar para o real com intervenções no mercado de câmbio.

"Nós continuaremos tomando medidas para manter o real desvalorizado", afirmou ele, negando-se a dizer em que patamar o Brasil manterá a moeda.

Moscovici disse entender as preocupações do Brasil, mas acrescentou que as tensões cambiais devem ser enfrentadas em instituições internacionais e o G20.

Mantega afirmou que a fraqueza do dólar causada pelo afrouxamento do Fed não apenas prejudicava as exportações do Brasil, mas que reduzia o valor das reservas em dólar do país,

Se Washington quer ajudar a reanimar o mercado imobiliário dos Estados Unidos, Mantega disse que seria melhor focar-se em política fiscal em vez de monetária. As informações são do site Estadão.
Redação O POVO Online

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