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Metalúrgicos de máquinas e eletrônicos rejeitam proposta

16:24 | 18/09/2012
A reunião entre representantes da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) e a bancada patronal do grupo 2 (máquinas e eletrônicos) desta terça-feira terminou sem acordo. O setor apresentou proposta de aumento salarial de 6% para fábricas com até 100 trabalhadores e 6,5% para fábricas com mais de 100 funcionários. A federação rejeitou a oferta e os trabalhadores devem pressionar o setor com paralisações e greves.

Ao todo, são 75.500 trabalhadores do grupo 2 na base da federação em todo o Estado. De acordo com a FEM, as regiões de São Carlos, Monte Alto e Matão reúnem grande proporção de empresas do setor. Em São Carlos, por exemplo, fica a fábrica da Eletrolux. Os representantes dos sindicatos das três cidades, de acordo com a assessoria da FEM, anunciaram ao final da reunião paralisação do setor a partir de quarta-feira por tempo indeterminado.

Os metalúrgicos do Estado ligados à FEM-CUT/SP reivindicam reposição da inflação em 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real próximo a 2,5%, o que leva a índice de 8% de aumento. As negociações com a bancada de máquinas e eletrônicos não têm nova data para reunião.

Demais grupos

O único grupo que já conseguiu aprovação de proposta pelos trabalhadores foi o do setor de fundição, que ofereceu 8% de reajuste. Os demais grupos (2, 3, 8, 10 e estamparia) ainda não chegaram ao índice reivindicado pelos metalúrgicos.

Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011. Ao todo, a FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado.

Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana, com paralisações e greves. No ABC, cerca de 46 mil metalúrgicos começaram nesta terça-feira greve por tempo indeterminado. Até ontem, 64 empresas da região haviam ignorado os grupos patronais e fechado acordos para evitar a paralisação das fábricas, por isso cerca de 23 mil trabalhadores do total de 70 mil que estão em campanha salarial no ABC não participam da greve no local. Além disso, não participam 1,2 mil funcionários do setor de fundição no ABC.

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