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Governo estuda mudanças para baixar juro no cartão

13:29 | 21/09/2012
O Ministério da Fazenda está discutindo com as administradoras de cartão de crédito medidas que possam resultar na redução dos juros cobrados ao consumidor. O governo avalia que os cartões estão cobrando taxas muito elevadas para o rotativo. O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse à Agência Estado que o governo tem debatido com as administradoras fórmulas para resolver o problema.

Segundo Barbosa, parte das instituições tem colocado que os parcelamentos sem juros acabam provocando a elevação das taxas porque são um risco que é coberto pelas parcelas de quem está no rotativo. "É uma preocupação deles e a gente está analisando se é isso ou não. Não tem nenhuma decisão", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já manifestaram recentemente a preocupação com os juros cobrados no cartão. Em entrevista ao "Estado" no domingo (16) Mantega chamou as taxas de "escorchantes" e mandou um aviso: "Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos preocupados, é bom que eles (os bancos) também se preocupem".

Dilma aproveitou o pronunciamento em comemoração ao aniversário da Independência do Brasil para fazer uma dura cobrança às administradoras. "Os cartões de crédito podem reduzir ainda mais as taxas cobradas ao consumidor final, diminuindo para níveis civilizados seus ganhos", desabafou a presidente. "Sei que não é uma luta fácil, mas garanto a vocês que não descansarei enquanto isso não se tornar realidade", disse.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também já se manifestou sobre o assunto e afirmou que gostaria de ver um aumento do pagamento mínimo obrigatório da conta de cartão de crédito no Brasil, que foi ampliado no ano passado para 15% do total. Ele admitiu, no entanto, que o governo encontra dificuldades para adotar a medida sem afetar as pessoas que já estão no crédito rotativo. O fluxo de pagamento com cartões no ano passado foi de mais de R$ 420 bilhões, segundo o BC, dos quais cerca de metade foi parcelamento sem juros.

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