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Fundo americano compra escola de inglês Cel Lep

09:23 | 15/09/2012
A rede de ensino de idiomas Cel Lep foi vendida para o fundo de private equity americano H.I.G. Capital, especializado em comprar participações em empresas. O fundo adquiriu 100% da rede de ensino, que conta hoje com 21 unidades e 14 mil alunos. O negócio foi anunciado ontem, mas o valor da transação foi mantido em sigilo pelo fundo.

Com a venda, o fundador e presidente da escola de idiomas, Walter Toledo Silva, de 92 anos, deixa definitivamente a operação da empresa. "Ele queria desfrutar de sua merecida aposentadoria", diz Fernando Marques Oliveira, responsável pelo escritório brasileiro da H.I.G. e, agora, presidente do conselho de administração do Cel Lep.

O fundo foi buscar no mercado dois executivos para comandar o Cel Lep daqui em diante. Geovana Donella, ex-diretora de operações do grupo Multi, dono das marcas Wizard e Yázigi, será a presidente executiva da rede. O novo diretor financeiro, Alexandre Garcia, veio da empresa Locar. "A meta é levar o modelo de ensino do Cel Lep para outros Estados", diz Oliveira.

Hoje, as unidades estão concentradas em São Paulo. Apenas quatro delas estão fora da capital paulista. Para manter o controle da rede, o fundador preferiu não adotar o modelo de franquias, que é muito comum nesse segmento, e apostou em firmar sociedade com os funcionários que mais se destacavam na operação.

Professor aposentado de física da Escola Politécnica da USP e funcionário do Senai, Silva teve a ideia de criar o Cel Lep numa viagem de trabalho em que conheceu a sede da holandesa Philips. A empresa tinha uma escola de idiomas para trabalhadores com moderno laboratório de gravação, onde os alunos podiam se ouvir e aperfeiçoar a língua. Ele começou a desenvolver o projeto dentro do Senai e, em 1968, criou o Cel Lep - Centro de Ensino de Línguas do Liceu Eduardo Prado.

Ao contrário de grandes redes como Wizard e CNA, que estão de olho no público da classe C, o Cel Lep buscou desde o início alunos com maior poder aquisitivo. As mensalidades giram em torno de R$ 700. "Apenas 8% dos brasileiros das classes A e B falam inglês fluentemente", afirma Oliveira.

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