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Fortalecidas, grandes categorias pedem aumento real

15:58 | 05/09/2012
Grandes categorias de trabalhadores, como petroleiros, químicos, metalúrgicos e bancários, têm data-base de campanha salarial marcada para os próximos três meses com pedidos de aumento real que vão de 2,5% a 10%. Fortalecidos pelas recentes greves protagonizadas por servidores públicos, os trabalhadores vão à mesa de negociação confiantes em um acordo que se aproxime de suas reivindicações. Mas não descartam entrar em greve se não forem atendidos.

Na terça-feira uma reunião entre metalúrgicos e representantes do setor de máquinas e eletrônicos de São Paulo terminou sem acordo e com a entrega de um ofício que alerta para uma possível greve. "A ideia é até quinta-feira estar com isso resolvido, senão é problema marcado", disse o presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM CUT-SP), Valmir Marques, o Biro Biro.

Químicos, petroleiros e bancários reforçam a postura dos metalúrgicos e mostram que, apesar da expectativa positiva de acordos, consideram cruzar os braços caso não haja acordo. Os trabalhadores da Petrobras começam na terça-feira (10) uma semana de mobilizações com atrasos nos turnos para pressionar a negociação. "Estamos otimistas, mas não estamos dormindo no ponto", alertou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes. "O setor de petróleo tem crescido muito, temos expectativas positivas. Mas a negociação nunca é fácil, só esperamos que este ano seja menos difícil que nos anteriores."

Os petroleiros entregaram pauta de reivindicações à Petrobras na sexta-feira (31), por meio da qual reivindicam 10% de aumento real, além de reposição da inflação. A pauta dos petroleiros este ano é só econômica, já que questões sociais e trabalhistas têm prazo de validade de dois anos e já foram acordadas em 2011. Além do aumento salarial, os trabalhadores pedem definição de critérios para determinar participação nos lucros e resultados (PLR). Segundo Moraes, a Petrobras tem atualmente 80 mil petroleiros, dos quais 50 mil estão na base da FUP.

Já os bancários decidiram entrar em greve no dia 18, após mais uma rodada fracassada de negociação. Antes disso, o Comando Nacional dos Bancários fará assembleias para ouvir a categoria em todo País. A expectativa da categoria é de que a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresente nova proposta antes disso e reabra as negociações. Os banqueiros propõem um reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%, enquanto os trabalhadores pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.

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