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Faturamento do comércio cearense deve crescer 8% neste ano

O varejo espera alcançar um crescimento de 8% no acumulado do ano. A expectativa é de que o consumidor aproveite os últimos meses do ano e compre mais

07:30 | 19/09/2012
Com menor índice de endividamento até setembro, a expectativa é de que o consumidor cearense volte às compras nos últimos meses do ano. O varejo espera alcançar um crescimento de 8% no acumulado do ano. Segundo o economista Alex Araújo, a estimativa é do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC-CE), que se baseou no crescimento até julho e fez uma projeção para o restante do ano.

“É um crescimento bastante expressivo”, ressaltou. Segundo Araújo, a partir deste mês até dezembro deve haver uma retomada do crescimento no setor.
Em setembro, o endividamento alcançou a segunda menor taxa dos últimos doze meses, segundo pesquisa do IPDC divulgada na quarta-feira, 19. Neste mês, 59,9% dos consumidores da capital apresentam algum tipo de dívida.

O resultado está 2,9 pontos percentuais em relação a setembro do ano passado (62,8%). Essa é a segunda menor taxa dos últimos doze meses, superada apenas por dezembro do ano passado (58,7%).

O consumidor também está mais cauteloso. Em setembro, 28,1% dos consumidores de Fortaleza pretendem fazer compras no comércio da capital. Essa taxa de pretensão é a mais baixa dos últimos doze meses.

No mês também houve uma elevação na taxa de inadimplência, um indicativo de que alguns consumidores não conseguiram honrar seus compromissos no mês. A taxa ficou em 4,4%, um aumento de 0,4 pontos percentuais.

Perfil de consumo

Alex Araújo explicou que o consumidor de Fortaleza está passando por um processo de mudança de perfil de consumo. Foram incluídos novos itens na composição do orçamento familiar e também houve o aumento da oferta de crédito.

Com isso, o fortalezense acabou investindo em produtos e serviços de maior valor. “Houve aumento do comprometimento do orçamento com pagamento de dívidas”, explicou. Araújo detalhou que financiamento de carro e serviços de telefonia e internet acabaram influenciando consideravelmente no orçamento. Além disso, houve um maior acesso a viagens.

Para se adaptar a esse novo perfil, o fortalezense acabou reduzindo o nível de consumo para adequar o orçamento e honrar os compromissos. “Mas nem todos os consumidores conseguem adequar esse orçamento, mas é um grupo particular com menor nível de renda”, disse explicando o aumento da inadimplência.

Teresa Fernandes

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