A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aguarda a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o futuro do Grupo Bertin para definir se ocorrerá o leilão de energia nova com entrega em três anos (A-3), que estava previsto para ocorrer em 11 de outubro deste ano. O impasse é quanto à real demanda das distribuidoras, compradoras da energia no leilão, que adquiriram eletricidade do Bertin em 2008. Se a Aneel suspender os contratos fechados pelo Bertin, as distribuidoras deverão ir a leilão buscar energia para cobrir a sua demanda. Caso contrário, não haverá necessidade de realizar a concorrência, que poderá ser adiada ou suspensa.

"O ideal é que a Aneel tivesse tomado a decisão antes. Mas esse não é um problema só da Aneel. É claro que a empresa (Bertin) tem que ter direito à defesa", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

Segundo ele, a definição deverá sair no prazo de uma ou duas semanas. Até lá, se a Aneel não decidir sobre o futuro do Bertin, a EPE definirá por conta própria pela realização do leilão ou não. Tolmasquim garantiu, no entanto, a realização do leilão de energia nova com entrega prevista para o prazo de cinco anos (A-5), também marcado para outubro.