Emprego em SP sem carteira assinada cresce 4,3%
As contratações com registro em carteira cresceram 0,9% na passagem de julho para agosto, de 4,985 milhões em julho para 5,032 milhões de pessoas no mês passado. Sobre agosto de 2011, a expansão é de 3,8%. Para Loloian, a melhora na qualidade do emprego vem prevalecendo sobre os dados de empregos informais, mesmo com o emprego sem carteira assinada tendo se elevado na passagem de julho para agosto. Já o contingente de trabalhadores autônomos caiu 3,5% de julho para agosto, de 1,613 milhão para 1,537 milhão.
No acumulado de agosto de 2011 a agosto deste ano, o total de trabalhadores na RMSP ainda mostra um avanço de 3,2%. Mas de acordo com o Loloian, este quadro de expansão de empregos sem carteira assinada verificado em agosto deverá começar a traçar uma trajetória de reversão daqui para o final do ano em função dos efeitos defasados das medidas econômicas adotadas pelo governo e pela própria sazonalidade do segundo semestre, em especial do terceiro trimestre, quando indústria e comércio começam a se preparar para atender o aumento da demanda característico de final de ano.
Informalidade
O contingente de trabalhadores que ingressaram no mercado informal de trabalho, ou sem carteira assinada, cresceu 2,2% em agosto em relação a julho no conjunto das sete capitais do País nas quais o Dieese realiza a Pesquisa de Emprego e Desemprego. Em números absolutos, o total de trabalhadores sem carteira profissional assinada atingiu 1,834 milhão de pessoas no mês passado, de 1,794 milhão em julho. No período acumulado de agosto de 2011 a agosto de 2012, o emprego sem carteira assinada cresceu 0,1%.
Para a economista do Dieese Lúcia dos Santos Garcia, o crescimento do número de empregados sem registro na carteira profissional expressa a dificuldade dos mercados em responder aos estímulos econômicos do governo. "Os mercados estão com dificuldade de responder às medidas de estímulo econômico do governo", disse.