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Coutinho: juro muda perspectiva do mercado de capitais

13:08 | 13/09/2012
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que mudaram as perspectivas para o mercado de capitais no Brasil com a redução do patamar de juros básicos da economia, que caiu de 12,50% para 7,50% ao ano desde agosto de 2011. Ele disse ainda que outro fator que estimula o setor, embora indiretamente, é os segmentos industriais no País contarem agora com a "taxa de câmbio num patamar razoavelmente competitivo."

Coutinho, porém, não citou um nível nominal da cotação do real ante o dólar. "Abriu-se espaço para investimentos em infraestrutura no País. Temos regime macroeconômico mais favorável ao investimento produtivo", comentou, ao participar do Fórum "Brasil Competitivo: Os nós da infraestrutura", promovido nesta quinta-feira pelo Grupo Estado. "Precisamos trabalhar um modelo indutor de investimentos crescentes em logística", apontou.

Ele disse ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff vem adotando "medidas estruturantes" que dão condições mais favoráveis para a expansão da economia no longo prazo, com melhor qualidade de vida para a população e eficiência ao setor produtivo. "Entre essas ações merece destaque a desoneração da folha de pagamento de empresas e o programa nacional de banda larga, que vai ser positivo não só para o sistema de educação, mas também para as pequenas e médias empresas", comentou. "A queda do preço da energia elétrica é uma iniciativa importante para avançar a estrutura do País", complementou.

O grande desafio nacional, segundo ele, é "avançar na estrutura tributária do Brasil". Sem entrar em detalhes sobre a questão, o presidente do BNDES tem ressaltado que o peso dos tributos traz dificuldades para os empresários ampliarem a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Embora a questão tributária onere as companhias, Coutinho ressaltou que o Brasil pode viabilizar o incremento da implementação de projetos de logística no País. "O crescimento em infraestrutura precisa ser acelerado no Brasil", destacou.

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