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Competitividade vira bandeira política de Dilma

09:37 | 23/09/2012
Regras mais flexíveis no mercado de trabalho eram a grande ausência na agenda de mudanças estruturais da presidente Dilma Rousseff, na avaliação do setor produtivo. Na lista de providências, que começou com pesados investimentos em logística, passa pela redução do custo da energia elétrica e vai enveredar pela reforma tributária, faltava a reforma trabalhista.

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) há duas semanas mostra que 92% das empresas afirmaram perder na competição com os estrangeiros por causa do excesso de burocracia. Para 73%, a legislação trabalhista deveria ser prioridade no combate ao excesso de obrigações formais.

A mudança na relação entre empregados e patrões ganhou força depois que Dilma agregou a palavra competitividade ao tripé da política econômica formada por câmbio flutuante, sistema de metas de inflação e política fiscal rigorosa. Em seu discurso para o Dia da Independência, ela apresentou a palavra ao povo brasileiro e informou: "Uma forma simples de definir competitividade é dizer que ela significa baixar custos de produção e baixar preços de produtos para gerar emprego e gerar renda".

Dilma está convencida de que prepara a economia brasileira para um salto no desenvolvimento. A agenda a favor das empresas tem um olho na melhoria das taxas de crescimento do País - que este ano deverá ficar em modestos 2% - e no futuro.

Segundo um conselheiro político de Dilma, uma eventual campanha dela à reeleição não se pautará pela distribuição de renda, como foi a de Luiz Inácio Lula da Silva, ou o combate à miséria, como foi a de 2010. "Vai ser em cima da inovação, da modernização da economia." "Certamente há uma mudança, e na direção que julgamos correta", diz o gerente executivo do Núcleo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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