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Comércio pretende contratar mais, aponta pesquisa CNC

12:16 | 11/09/2012
A perspectiva para a geração de vagas de trabalho no comércio é favorável neste fim de ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na passagem de julho para agosto, os empresários aumentaram em 1,8% a expectativa de admissão de funcionários, de acordo com os dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio, divulgado nesta terça-feira.

"É um fator favorável puxado não só por uma perspectiva da melhora da economia, mas, principalmente, por uma questão sazonal. O final do ano é o melhor período que tem para o comércio e, consequentemente, o empresário já está vendo que terá uma demanda maior por mão de obra nos próximos meses. Mas acho que o peso maior hoje é mais por uma questão sazonal do que por uma recuperação mais forte da economia", avaliou Bruno Fernandes, economista da CNC.

A intenção de contratação de funcionários atingiu 127,7 pontos no mês passado, patamar considerado bom. A pesquisa da CNC leva em consideração uma escala de 0 a 200 pontos, sendo que um resultado acima de 100 é considerado otimismo e abaixo de 100 é interpretado como pessimismo.

Segundo Fernandes, a expectativa para o mercado de trabalho no setor é boa, mas a dificuldade de uma aceleração maior no crescimento da economia é a razão para que o humor dos empresários para a geração de vagas ainda esteja em patamar 0,6% menor do que o verificado em agosto do ano passado.

Em relação aos estoques, a situação atual teve uma piora de 0,9% em relação a julho. Mas houve uma melhora de 4,7% na comparação com agosto de 2011, graças à política de incentivos ao consumo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Com certeza essa melhora tem relação com a redução do IPI. Os estímulos estão favorecendo (as vendas no comércio), e, consequentemente, vem havendo ajuste nos estoques", afirmou o economista da CNC.

A entidade espera que a avaliação sobre os estoques, hoje aos 96,0 pontos, atinja os 100 pontos até o final do ano. "Os estoques tendem a se reajustar não só por um efeito sazonal, mas também pelo fato de os empresários do comércio terem se ajustado à atual situação da economia. A gente espera que eles tenham ajustado os estoques a um ritmo mais compatível, assim o seu nível de satisfação será melhor", explicou Fernandes.

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