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Classe média é a mais afetada com defasagem na tabela do Imposto de Renda

Maior impacto ocorre para quem recebe entre R$ 1,7 mil e R$ 4,1 mil. Se correção acompanhasse inflação, imposto poderia ser 44% menor

12:22 | 03/09/2012
A classe média é a que mais sofre com a defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda (IR), que alcança 34,17% de 1998 até 2011, aponta levantamento realizado pela Ernst & Young Terco, divulgado nesta segunda-feira, 3. Isso ocorre porque não ocorreu correção de acordo com a inflação do período, diz o estudo.

De acordo com a consultoria, percentualmente, o maior impacto da defasagem ocorre para quem recebe entre R$ 1,7 mil e R$ 4,1 mil.

Um trabalhador que tinha como base de cálculo mensal para imposto de renda, em 1998, salário de R$ 1.801, era tributado à alíquota de 27,5%. Com isso, pagava, mensalmente, R$ 135,28 de imposto.

Atualizando os valores até 2011, de acordo com o IPCA, e utilizando a tabela atualmente em uso, esse mesmo trabalhador teria o equivalente a R$ 4.465,01 e pagaria de IR, mensalmente, R$ 471,35.

Entretanto, se os valores da tabela tivessem sido corrigidos de acordo com a inflação do período, ele pagaria, com base no mesmo salário de 2012, 44% a menos de Imposto de Renda – R$ 263,81 –, já que seria tributado à alíquota de 22,5%.

De acordo com a consultoria, nos exemplos citados, foi considerado como base de cálculo para o imposto de renda o rendimento bruto, com desconto de INSS e deduções de dependentes.

Redação O POVO Online

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