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Captação da poupança bate recorde no ano

Dados do BC mostram ainda que resultado de agosto, aos R$ 3,5 bilhões, ficou bem abaixo de julho, mas superou o mesmo mês do ano passado

19:05 | 06/09/2012
Os depósitos feitos em cadernetas de poupança ao longo de agosto superaram os saques em R$ 3,497 bilhões, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). O resultado é significativamente inferior ao registrado em julho (R$ 8,252 bilhões), mas superior à captação líquida de agosto do ano passado (R$ 2,222 bilhões).

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a captação líquida da poupança é de R$ 27,233 bilhões, valor recorde da série histórica do BC com início em 1995. O montante é bastante superior à marca alcançada no mesmo período do ano passado, quando a diferença entre depósitos e saques feitos na caderneta foi positiva em R$ 5,313 bilhões.

Considerando os créditos de rendimentos, a poupança teve no mês passado saldo de R$ 465,134 bilhões. Do total da captação líquida de agosto, R$ 2,110 bilhões foram depositados em instituições financeiras que aplicam os recursos da poupança em crédito imobiliário. Os bancos que destinam o dinheiro ao crédito rural captaram liquidamente R$ 1,386 bilhão no mês.

Desde o início de maio, a remuneração da poupança está atrelada à taxa básica de juros. Toda vez que a Selic for igual ou menor a 8,5% ao ano, a rentabilidade da aplicação mais popular do país é de 70% do juro básico mais Taxa Referencial (TR, atualmente zerada). Atualmente, a Selic está em 7,5% ao ano. O governo tomou essa decisão para evitar que a queda da Selic tornasse a poupança mais atrativa que outras aplicações de renda fixa e provocasse grande migração de ativos dentro do sistema financeiro.

Censo do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), divulgado na quarta-feira pelo BC, revelou que de dezembro do ano passado para junho deste ano a poupança cresceu de R$ 420 bilhões para aproximadamente R$ 449 bilhões. Como mostrou a edição do Valor de ontem, o crescimento do saldo em contas que possuem valores depositados superiores a R$ 10 mil foi de R$ 31 bilhões, ao mesmo tempo em que as contas com saldo entre R$ 100 e R$ 10 mil perderam R$ 2,1 bilhões. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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