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Bats abandona plano de lançar bolsa no Brasil

15:11 | 18/09/2012
Primeira bolsa internacional a manifestar interesse em se instalar no Brasil, a Bats Global Markets, mudou de ideia, apurou o Valor. Após quase dois anos de estudos, em parceria com a gestora de fundos brasileira Claritas, concluiu que o negócio teria custo muito elevado. Procuradas, Bats e Claritas informaram que não comentariam o assunto.

Sem os esforços da Bats, fica cada vez mais improvável o surgimento de concorrência para a BM&FBovespa antes de 2014. Somente naquele ano a bolsa brasileira terá concluído o processo de integração de suas clearings - e é a partir de então que admite avaliar a cessão de uso de seus sistemas para concorrentes.

Até o momento, a Bats era a única que pretendia lançar uma nova bolsa integrada no Brasil - a operação envolveria negociação, clearing e custódia. Outros nomes, como a americana Direct Edge ou a brasileira ATG, desejam entrar no mercado doméstico oferecendo alternativas para negociação, mas utilizando os serviços de liquidação e custódia da BM&FBovespa.

Bats e Claritas chegaram a estreitar conversas com a Tata Consultancy Services (TCS), empresa de serviços de tecnologia da informação do Grupo Tata. A companhia seria a fornecedora do aparato tecnológico para a instalação da clearing por aqui. No momento, essa é a maior barreira de entrada do mercado brasileiro, por conta do seu alto custo de implementação até mesmo pelas exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Praticamente um ano depois de divulgarem seus planos para o Brasil, a vida mudou tanto para a Bats quanto para a Claritas. A bolsa americana, em abril passado, viu fracassar seu plano de abertura de capital por conta de problemas em seu software, o que afetou sua credibilidade. Um mês antes, em março, a gestora brasileira ganhou novo controlador - a americana Principal Financial Group comprou 60% de seu capital - e os sócios-fundadores da Claritas ficaram com 40% do capital e à frente da gestão de recursos.

Em junho passado, durante audiência pública organizada pela CVM para discutir relatório sobre o mercado nacional produzido pela consultoria britânica Oxera, a Direct Edge sinalizou que poderia esperar até 2014. Essa bolsa afirma que continua comprometida com o projeto no Brasil. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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