Barbosa vê oportunidade para o Brasil com plano chinês
Para Barbosa, neste contexto, o setor privado e o governo terão de estimular estratégias para a identificação de nichos de mercado para que a economia brasileira tire proveito destas novas oportunidades. Barbosa lembrou que nos últimos 10 ou 20 anos a liderança do Partido Comunista vem se rejuvenescendo e que isso vai continuar agora, com a entrada de técnicos e engenheiros. Neste sentido, observa o presidente do Coscex, a mudança de estratégia iniciada há dois anos, que visa explorar o potencial econômico do país, será mantida.
"Então, a estratégia agora não é tanto o mercado externo, eles já conquistaram o mercado externo. Hoje o grande desafio deles é a incorporação, como nós fizemos agora, de crescentes parcelas da população ao mercado interno. Isso é um grande desafio porque aqui no Brasil nós incorporamos 40 milhões de pessoas e já vimos as limitações do crescimento, como falta de gente qualificada, por exemplo", observou. No caso da China, acrescentou Barbosa, quando se fala em incorporação, os números chegam a 100 milhões ou 200 milhões de pessoas. "O desafio lá é muito maior", diz.
Por isso, diz Barbosa, a China vai ter de passar a importar mais. "E aí cabe ao setor privado brasileiro e ao governo estimular esse esforço de identificação de nichos de mercado que as empresas brasileiras poderão ocupar", avaliou.