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Nova plataforma da Cetip terá por ora isenção de preço

12:56 | 16/08/2012
A nova plataforma de negociação eletrônica de ativos de renda fixa da Cetip, lançada nesta quinta-feira, terá isenção de preço para os participantes do mercado por um prazo ainda indeterminado. "Nosso objetivo é fazer com que o mercado use a ferramenta e não agregue custos", explicou o diretor-executivo Comercial, de Produtos, Marketing e Comunicação da Cetip, Carlos Eduardo Ratto.

Segundo ele, a Cetip já está conversando com o mercado sobre preços, mas ainda não há nada definido. No entanto, os interessados em operar pela plataforma serão informados, conforme Ratto, sobre os preços antes de experimentarem a nova solução.

Além disso, os preços serão menores para integrantes que agregarem volumes à ferramenta da Cetip. "Os formadores de mercado (market maker) vão ser mais estimulados em termos de custo do que operadores que colocam uma oferta, pois eles trazem mais volume", explicou.

Batizada de CetipTrader, a nova plataforma, desenvolvida em parceria com a IntercontinentalExchange (ICE), ainda aguarda autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser usada pelo mercado. Na sexta-feira, começam os testes, mas 30 instituições, entre corretoras, fundos e bancos, já se cadastraram para usar o sistema. A expectativa da Cetip, de acordo com Ratto, é de que a autorização da autarquia seja dada em um mês, próximo ao dia 18 de setembro.

Assim que for autorizada a plataforma possibilitará de imediato a negociação de debêntures e títulos públicos e, posteriormente, será feita a migração dos demais instrumentos. A Cetip não revela o quanto já desembolsou com a nova plataforma, mas, ao longo do desenvolvimento da Cetip Trader, foram estimados investimentos de US$ 5 milhões.

Registro de preço

Sobre o registro de preços dos ativos, Ratto informou que a companhia está em conversa com a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para que os cadastros feitos na Cetip sejam aceitos para o cumprimento da norma que a entidade pretende soltar para o pré-registro das operações.

Mais cedo, o presidente interino da CVM, Otavio Yazbek, disse que a autarquia já diagnosticou a importância de se fazer o registro. "A CVM tende a reconhecer isso, como já fez com outras demandas da Anbima, e criar uma compulsoriedade como fez nas ofertas de ações subsequentes e o que vamos fazer com o Comitê de Aquisições e Fusões (CAF)", explicou.

Recentemente, a Anbima iniciou os testes para o Sistema REUNE (Registro Único de Negócios) que visa fornecer acesso às informações de referência das negociações de compra e venda feitas ao longo do dia no mercado de balcão. Uma das funcionalidades da nova plataforma da Cetip, lançada em junho e já em uso, possibilita exatamente o pré-registro e a divulgação online dos preços dos títulos de renda fixa negociados no mercado secundário.

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