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Montadoras querem discutir eficiência energética

14:51 | 17/08/2012
O vice-presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta sexta-feira que as montadoras concordam com o programa de melhoria de eficiência energética proposto pelo governo, mas querem discutir os detalhes da sua implementação. Moan se reuniu com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir a regulamentação do novo regime automotivo, que entrará em vigor a partir de 2013.

Ele argumentou que não adianta trazer para o País um modelo de eficiência energética europeu, sem considerar os combustíveis utilizados na Europa e no Brasil. Segundo Moan, 40% da frota europeia usa o diesel como combustível, que é o mais eficiente. Ele explicou também que, na Europa, cada empresa tem uma meta de emissão de CO2 de acordo com o perfil dos veículos produzidos. Para Moan, esse é o ponto mais sensível na negociação, e uma nova reunião foi marcada para a próxima semana, em Brasília.

Emissão controlada

A proposta do governo é exigir que as empresas produzam carro com emissões de no máximo 135 gramas de CO2 por quilômetro rodado, até 2017. O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, deu sinais, nesta semana, de que não pretende flexibilizar esse índice, como querem as montadoras. Pimentel afirmou ser natural que as empresas queiram mais prazo para se adaptar, mas argumentou que esse índice de eficiência energética que será exigido em 2017 já é o praticado na Europa pelas mesmas montadoras instaladas no Brasil.

Moan negou que o setor tenha pedido ao governo a prorrogação da redução do IPI para o setor produtivo, que vence no final deste mês. "A preocupação com a questão do IPI não é para hoje. Me fio na declaração do ministro Mantega de que não pensa na prorrogação do IPI", afirmou. Moan informou que os estoques do setor automotivo já caíram de 43 dias, em maio, para 24 dias agora. Ele estimou também que as vendas do setor devem crescer entre 3% a 4% este ano, em relação a 2011.

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