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Mantega reconhece crescimento baixo da economia

12:10 | 31/08/2012
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta sexta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2012 não foi excepcional, mas que os números apontam para o prenúncio de resultados melhores. "Os números (divulgados nesta sexta-feira) estão no retrovisor, fica para trás, e de qualquer forma é um resultado bom em relação ao primeiro trimestre", disse comentando o resultado do PIB divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mantega ressaltou que o País passou pela pior fase, que foi o primeiro trimestre de 2012, e que a economia conseguirá crescer mais nos próximos trimestres. "O terceiro e quarto trimestres serão melhores". Ele afirmou que a crise internacional puxou para baixo o crescimento dos países emergentes que dependem de exportações, o que trouxe a queda no comércio exterior. Lembrou que o desempenho da indústria foi o pior no período, mas citou as mudanças feitas recentemente na economia, como a redução da taxa básica de juros, que exigirão uma adaptação "porque a economia toda estava adaptada a trabalhar com juros altos".

Em sua avaliação, a indústria, que seria a maior beneficiada pela queda nos juros, em um primeiro momento pode ter prejuízo, porque as empresas ainda usariam o caixa para fazer aplicações. "É um efeito paradoxal, mas depois a economia se adaptará." ele completou dizendo que a indústria ainda não foi bem porque exportou menos e sofre no País concorrência com as importações". Ele avalia que com o novo patamar do câmbio, as vendas externas devem crescer e trazer um melhor desempenho para a indústria. Mantega diz que as várias medidas de incentivo tomadas pelo governo para o setor ainda não se concretizaram. Além disso, o País tem a menor taxa de juros real da história. "Os investimentos demoram mais para reagir, mas o governo toma medidas que tornam vantajoso investir no Brasil."

Agricultura

O ministro da Fazenda comemorou os resultados do agronegócio, considerado o melhor. Disse que a agricultura seguirá crescendo no terceiro trimestre por causa da safra boa no Brasil e da queda da safra nos Estados Unidos. A recuperação da indústria, avalia, também acontecerá devido a estímulos setoriais, como a redução do IPI, por exemplo, que surtirão efeito no período.

Ele prevê que a indústria automotiva seguirá beneficiada pela queda dos impostos e pelas vendas recordes, em torno de 400 mil veículos leves em agosto."É um segmento importante da indústria, juntamente com a linha branca e com os materiais de construção, cujos estímulos farão efeito e vão levar para uma trajetória melhor."

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