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Maior banco da China obtém autorização para atuar no Brasil

Sócios do ICBC precisam aprovar a constituição do banco, que esperava o sinal verde desde 2011

16:41 | 16/08/2012
O governo autorizou a instalação no Brasil do banco múltiplo Industrial and Commercial Bank of China Limited (ICBC), maior banco da China, conforme decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.

O banco será totalmente constituído por capital estrangeiro. Daí a necessidade de decreto da presidente Dilma Rousseff, conforme manda a legislação em vigor.

Após receber a permissão do governo brasileiro, agora os sócios do ICBC devem aprovar em assembleia a constituição do banco para efetivamente abrir as portas no Brasil, informou o Banco Central.

Os sócios do ICBC precisam aprovar o estatuto, eleger os administradores do banco e decidir como será feita a alocação do capital. Só depois de o BC analisar essa última exigência, o banco chinês poderá começar a atuar no país.

De acordo com os dados do BC, 130 instituições do sistema financeiro nacional estão sob controle de grupos estrangeiros, isto é, a soma das participações estrangeiras no capital votante dessas instituições é igual ou maior a 50%.

O Valor apurou que o banco já havia determinado quem serão seus administradores no país e esperava apenas o decreto presidencial para poder encaminhar a documentação necessária ao Banco Central. O futuro presidente do banco já está no Brasil há alguns meses.

O ICBC esperava desde o ano passado o sinal verde do governo brasileiro para poder atuar no país. O capital inicial declarado ao BC em abril de 2011 foi de US$ 100 milhões.

No início do ano, o banco fechou contrato para ocupar um escritório na Av. Brigadeiro Faria Lima, coração financeiro de São Paulo. No total, entre 40 e 70 funcionários devem ocupar a unidade, que será a segunda do banco nas Américas. O ICBC opera nos Estados Unidos, com unidades em Nova York e Chicago.

Assim como outros aspectos da economia chinesa, os números do ICBC são superlativos. No fim de 2010, o banco contava com cerca de 259 milhões de clientes pessoa física e 4,12 milhões de clientes corporativos. O banco mantinha cerca de 16,2 mil agências e 203 subsidiárias no exterior espalhadas por 28 países. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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