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Magazine Luiza limita percentual de vendas sem juros

15:40 | 14/08/2012
O Magazine Luiza decidiu limitar, loja a loja, a venda de produtos ao consumidor sem taxa de juros. A empresa informou hoje que está incentivando a venda com juros e passou a limitar as vendas sem juros no Cartão Luiza ao patamar de 15% das vendas totais. É a primeira vez que a companhia informa ao mercado uma taxa limite.

“[Vender sem juros] não é sustentável. Isso é uma bomba, uma armadilha que o varejo, que criou essa situação, precisa desarmar”, disse, em teleconferência com analistas, Marcelo Silva, diretor superintendente da rede. “Atingiu-se um limite na venda de parcelamento sem juros e no Magazine Luiza decidimos limitar isso, loja a loja”, explicou.

“Vamos ter que atingir um patamar razoável. Vender a 10, 12, 18 sem juros é bom para o consumidor, ele quer, mas não é sustentável para o varejo. É algo que já entrou até nos supermercados e só tem no Brasil. Precisa ser equacionado, e com prática de juros normais no país acredito que isso deve mudar nos próximos meses ou anos”.

Parceria com o Itaú

O comando da rede disse que o banco Itaú, parceiro financeiro da varejista, não deu sinais de mudanças em sua política de concessão de crédito mais conservadora. O Itaú está revisando suas parcerias com varejistas nas últimas semanas, como já antecipou o Valor, e rompendo acordos considerados não interessantes pelo banco. “Não vemos abrandamento na política do Itaú. Continuam conservadores”, disse Silva.

O magazine apresentou crescimento em receita no trimestre, mantendo uma política conservadora na aprovação de crédito pela Luizacred. Segundo material de resultados, “a Luizacred manteve o conservadorismo durante o segundo trimestre, com robustas provisões para perdas em créditos de liquidação duvidosa e taxas de aprovação de crédito menores quando comparadas ao segundo trimestre de 2011”.

A empresa registrou aumento nas vendas à vista e redução nas vendas com o cartão Luizacred. A participação do produto nas vendas financiadas caiu de 37% de abril a junho de 2011 para 22% no mesmo período de 2012. Vendas à vista passaram de 23% para 28%.

A companhia acredita que haverá redução na inadimplência no país nos próximos meses e isso deve afetar de forma positiva a rede, disse Roberto Bellissimo Rodrigues, diretor financeiro da cadeia. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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