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Itaú cancela acordo com cerca de 300 varejistas

15:10 | 28/08/2012
O processo de revisão de contratos do banco Itaú com as redes de varejo no país atingiu cerca de 300 empresas, que deixaram de fazer parte da base de acordos financeiros com a instituição nos últimos tempos. A revisão teria se iniciado no fim de 2010, estendeu-se por 2011 e foi finalizada no inicio de 2012, segundo fonte próxima do banco. Após a mudança, o Itaú passou a ter apenas cerca de 50 acordos.

Nesse grupo de varejistas que não são mais parceiras do banco estão grandes empresas - como Lojas Americanas, Casa & Construção (C&C) e Sonda Supermercados - e também redes de pequeno e médio porte, caso da rede de supermercados Novo Mundo. Boa parte dos contratos encerrados envolvia redes médias que registravam um volume baixo de operações de financiamento ao consumidor, o que levou a instituição a repensar a parceria, segundo fonte ligada ao setor de varejo.

O Itaú confirmou o número de acordos cancelados com as cadeias de comércio. Entre as parcerias remanescentes estão Grupo Pão de Açúcar (dono do Extra, Casas Bahia e Ponto Frio), Magazine Luiza e Lojas Marisa, informaram as empresas. O Itaú também tem metade do Banco CSF, ligado ao Carrefour, considerado, por fontes próximas do banco, como uma das principais parcerias que restaram.

As parcerias com o varejo foram vítimas de um novo mantra dentro do Itaú: eficiência operacional. No ano passado, o banco reduziu drasticamente o número de funcionários da área de cartões, ao mesmo tempo em que passou um pente fino nas operações de varejo, muitas delas herdadas do Unibanco (como a Lojas Americanas).

Há cerca de 15 dias, o Itaú informou em comunicado que "especificamente na área de crédito ao consumidor, o atual cenário fez com que o banco encerrasse algumas dessas parcerias [com varejistas], com o objetivo de focar em negócios de maior escala e retorno". Naquele momento, a instituição e a Lojas Americanas confirmaram o fim da parceria e no mesmo período, a C&C informou o fim do acordo com o banco.

Nos últimos meses, demonstrações de resultados de bancos e cadeias de varejo já indicavam sinais de descompasso entre investimentos e os resultados com essas parcerias. "Bancos e varejistas vivem momentos antagônicos", diz Daltozo, do BB Investimentos. "As varejistas querem expansão e os bancos estão mais conservadores com a inadimplência em alta." As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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