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Fipe eleva previsão para IPC de agosto para 0,25%

12:47 | 17/08/2012
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta sexta-feira que fez uma leve alteração na projeção para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de agosto. De acordo com o economista e coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, o indicador que mede a inflação na cidade de São Paulo deverá fechar o mês com uma taxa de 0,25%, e não mais de 0,23% como previsto anteriormente.

A expectativa de Costa Lima é de que o aumento nos preços dos grãos no mercado internacional seja cada vez mais evidente em alguns produtos que fazem parte do IPC, caso dos pães e das carnes. "Os preços dos panificados (de 1,24% para 1,33%) já vinham sentindo os efeitos da alta do trigo e agora intensificaram o ritmo. O mesmo aconteceu com os preços das aves (de 1,41% para 3,17%)", disse, referindo-se à elevação registrada da primeira para a segunda quadrissemana do mês. Diante da estimativa de aceleração desses preços, o economista prevê uma elevação de 0,70% para o grupo Alimentação no final do mês. Alimentação na segunda quadrissemana subiu 0,37%.

Outro motivo para a mudança na previsão feita nesta sexta-feira pela Fipe é a estimativa de novas pressões advindas do conjunto de preços composto por Despesas Pessoais. Na avaliação de Costa Lima, as tarifas de passagem aérea deverão impulsionar o grupo até o encerramento de agosto, "ainda influenciado pelo aumento na demanda por conta das férias de julho". "É um item muito volátil. Na ponta (semana), a pesquisa identificou que os preços continuam subindo daqui para a frente", disse, completando que estima uma inflação de 0,70% para o grupo Despesas Pessoais, um pouco mais baixa do que a alta de 0,76% vista na segunda leitura de agosto.

Nesta sexta-feira, a Fipe informou que o IPC atingiu 0,21% na segunda quadrissemana de agosto, ante 0,16% na leitura passada. O resultado ficou suavemente acima do esperado por Costa Lima, que era alta de 0,19% e também a mediana obtida no levantamento realizado pelo AE Projeções com analistas do mercado financeiro. O intervalo das previsões ia de 0,15% a 0,24%.

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