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Dieese: inflação da baixa renda em SP supera a dos ricos

13:12 | 07/08/2012
A inflação para os paulistanos de menor renda voltou a ser mais significativa do que a da média e também foi superior à verificada para a população da capital paulista de maior renda em julho. Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) por meio do Índice do Custo de Vida (ICV) do mês passado mostra que a variação média do ICV foi de 0,42%, contra 0,23% em junho, em São Paulo. Já o índice específico para os mais pobres ficou em 0,56% no sétimo mês de 2012, enquanto o indicador que mede o custo de vida dos mais ricos avançou e ficou em 0,36%.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias da cidade. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

Todos os estratos tiveram aceleração na passagem de junho para julho, de acordo com o instituto, assim como no dado geral (0,42%). O índice que apura a inflação dos paulistanos com salários intermediários, contudo, foi o que mostrou a maior diferença, de 0,21 ponto porcentual, em relação aos demais.

Os preços elevados dos alimentos, que deixaram o ICV geral maior em julho frente ao mês anterior, também pressionaram os gastos das famílias com menor poder aquisitivo. O grupo Alimentação registrou inflação de 1,11% no sétimo mês de 2012 e teve impacto de 0,44 ponto porcentual no estrato dos menos abonados. Para as famílias paulistanas com renda média na casa de R$ 900,00, os alimentos contribuíram com 0,38 ponto, enquanto para os mais endinheirados o efeito foi de 0,26 ponto.

Já as despesas com Saúde (0,28%) foram mais visíveis no bolso dos consumidores mais ricos. Segundo o Dieese, como houve acentuado aumento nos preços de assistência médica, as contribuições no cálculo dos índices por estrato foram maiores para os paulistanos com mais recursos (0,04 ponto) e iguais para os demais consumidores (0,03 ponto). Dentro do grupo Saúde, os preços de assistência médica subiram 0,30% em julho em relação a junho.

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