Dieese: inflação da baixa renda em SP supera a dos ricos
Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias da cidade. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).
Todos os estratos tiveram aceleração na passagem de junho para julho, de acordo com o instituto, assim como no dado geral (0,42%). O índice que apura a inflação dos paulistanos com salários intermediários, contudo, foi o que mostrou a maior diferença, de 0,21 ponto porcentual, em relação aos demais.
Os preços elevados dos alimentos, que deixaram o ICV geral maior em julho frente ao mês anterior, também pressionaram os gastos das famílias com menor poder aquisitivo. O grupo Alimentação registrou inflação de 1,11% no sétimo mês de 2012 e teve impacto de 0,44 ponto porcentual no estrato dos menos abonados. Para as famílias paulistanas com renda média na casa de R$ 900,00, os alimentos contribuíram com 0,38 ponto, enquanto para os mais endinheirados o efeito foi de 0,26 ponto.
Já as despesas com Saúde (0,28%) foram mais visíveis no bolso dos consumidores mais ricos. Segundo o Dieese, como houve acentuado aumento nos preços de assistência médica, as contribuições no cálculo dos índices por estrato foram maiores para os paulistanos com mais recursos (0,04 ponto) e iguais para os demais consumidores (0,03 ponto). Dentro do grupo Saúde, os preços de assistência médica subiram 0,30% em julho em relação a junho.