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CM Capital aposta em novos cortes da Selic em 2012

12:12 | 30/08/2012
O economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, reteve a previsão de que o ciclo de alívio monetário só deve terminar quando a Selic, hoje em 7,5% ao ano, chegar ao patamar de 7%. Mas o economista considera que a velocidade da queda da taxa mudará.

"O BC deu a entender que o passo será menor, com 0,25 ponto porcentual. Acreditamos que virão mais duas de 0,25pp", disse Dib. Os próximos encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorrerão nos dias 9 e 10 de outubro e em 27 e 28 de novembro.

O economista diz que se guia pela comunicação do BC e também pelo contexto recente, em que os dados de nível de atividade tanto do Brasil, como do resto do mundo, estão vindo bem piores do que o esperado. No comunicado em que informou a decisão de queda de 0,50 ponto porcentual da Selic ao final do encontro de quarta-feira do Copom, as autoridades salientaram que vão optar por ajuste adicional com a máxima parcimônia.

"Por isso, mantive a previsão de Selic indo a 7%. Aprendemos nessa crise que o impacto da atividade global tem relevância grande na nossa economia", salientou. "Mas a velocidade do ciclo de alívio diminuiu. A velocidade de corte até agora foi rápida", observou.

Para Dib, o efeito inicial dos cortes da Selic no ano passado já chegou à economia, mas ainda resta o impacto das outras reduções, o que será sentido nos próximos meses. "O ideal seria parar (o ciclo) e esperar. O impacto completo final do ciclo, em grande medida, não é conhecido ainda", considerou. Mesmo assim, o economista ainda acredita no espaço para mais duas quedas da Selic, em razão da comunicação do BC e dos dados de atividade decepcionantes.

Para o economista, o pacote anunciado na quarta-feira pelo Ministério da Fazenda deve aumentar a incerteza na condução da política monetária por parte do Banco Central. "As medidas da Fazenda aumentam a incerteza para a política monetária. O BC não sabe ao certo o impacto disso e não vai tomar uma medida sobre a Selic baseada em instrumentos ortodoxos", ponderou. "É razoável imaginar que o impacto seria positivo, mas nem isso é certo", salientou.

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