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Bovespa sobe após exercício de opções, na contramão do exterior

16:55 | 20/08/2012
O exercício de opções sobre ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) destravou os negócios nesta segunda-feira e fez o mercado local se descolar do externo. O exercício de opções movimentou R$ 3,97 bilhões e fez a bolsa mudar de sinal e passar a subir.

Lá fora, porém, a negativa do Banco Central Europeu (BCE) de que estaria sendo discutido um plano para fixar uma taxa de juro de referência para futuras compras de títulos soberanos de cada país da zona do euro impôs um viés negativo aos negócios no fim da manhã de hoje.

Um porta-voz da instituição afirmou que a reportagem da revista alemã “Der Speigel” é “equivocada” e que a ideia não está sendo debatida. O porta-voz ainda ressaltou que o banco central irá agir “estritamente de acordo com seu mandato”. Em reação, as bolsas internacionais passaram a operar no terreno negativo.

Agora, investidores transferem a expectativa para os encontros da zona do euro no fim desta semana, mas já com a esperança reduzida em relação a uma ação mais agressiva para solucionar a crise do bloco. Na quinta-feira, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tem agendado um jantar com o francês François Hollande.

Na sexta-feira, é a vez do primeiro-ministro grego Antonis Samaras se reunir com a líder alemã. Há especulações de que ele peça por mais dois anos para que o país cumpra com as reformas fiscais e econômicas acordadas com a troica – grupo formando por representantes de BCE, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Bovespa seguia o sinal externo, mas melhorou depois do vencimento de opções sobre ações. Por volta das 15h40, o Ibovespa subia 0,39%, para 59.310 pontos. Entre as ações mais negociadas, Vale PNA sobe 1,94%, para R$ 35,59; Petrobras PN ganha 0,55%, a R$ 21,67; OGX ON sobe 1,12%, para R$ 6,32; Itaú Unibanco PN recua 0,75%, para R$ 34,40; e Bradesco PN cai 0,02%, a R$ 34,77.

Câmbio

O dólar registra modestos ganhos em relação ao real nesta segunda-feira, em mais uma sessão de volume discreto e sem notícias de peso no exterior. Segundo operadores, esse quadro favorece ajustes técnicos, ainda mais depois de a moeda americana ter caído por três sessões consecutivas, acumulando perda de 0,59% no período.

Esse movimento reaproximou a taxa de câmbio do piso de R$ 2, nível defendido pelo governo, na visão dos agentes, o que também corrobora a correção de alta.

O dólar comercial sobe 0,29%, para R$ 2,021. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para setembro avança 0,14%, a R$ 2,025. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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