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Bovespa cede à pressão externa e fecha em queda

Bolsa chegou a marcar 60 mil pontos nesta terça-feira, mas encerrou a sessão em baixa de 0,62%, aos 58.917 pontos

18:08 | 21/08/2012
A Bovespa flertou com os 60 mil pontos nesta terça-feira, algo que não acontecia desde maio. Em Nova York, o S&P 500 também registrou sua maior pontuação em quatro anos. Mas tanto o mercado brasileiro quanto o americano não resistiram à pressão por realizar lucros, e a bolsa brasileira perdeu inclusive o nível dos 59 mil pontos.

De manhã, os investidores se animaram com o resultado do leilão títulos da Espanha, que conseguiu pagar taxas menores do que na operação anterior. Além disso, uma fonte do Ministério das Finanças da Grécia disse que o país quer ampliar seu corte de gastos em 3 bilhões de euros, totalizando 13,5 bilhões de euros, para compensar a perda de receita que provavelmente ocorrerá com as medidas de austeridade.

O movimento negativo ocorreu a partir do meio da tarde, em função da ausência de notícias concretas, em um início de semana marcado pela falta de indicadores relevantes. Vale lembrar que os mercados estão subindo há três semanas baseados apenas em rumores e expectativas positivas, como a possível atuação do Banco Central Europeu (BCE) na recompra de títulos dos países da região em crise, e também alguma sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre o lançamento de um novo pacote de medidas de estímulo econômico, o chamado “quantitative easing 3”.

Apesar do recuo, analistas técnicos afirmam que a tendência de alta da bolsa brasileira continua, e que o Ibovespa ainda tem espaço para cair mais sem mudar essa tendência, até o suporte de 57.600 pontos, de onde pode ganhar força para um novo ciclo de ganhos.

O Ibovespa encerrou em baixa de 0,62%, aos 58.917 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 58.684 pontos e a máxima de 60.208 pontos. O volume financeiro foi bom para um dia sem vencimento de opções, alcançando R$ 7,030 bilhões.

Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN caiu 1,57%, para R$ 21,24; Vale PNA perdeu 0,84%, para R$ 35,27; OGX ON teve alta de 0,93%, a R$ 6,50; e Itaú PN recuou 0,58%, a R$ 34,15.

A lista de maiores altas trouxe as construtoras Brookfield ON (7,37%, a R$ 3,93) e Gafisa ON (5,38%, a R$ 4,110), além de Brasil Foods ON (5,01%, a R$ 32,45).

Na outra ponta do mercado, os destaques ficaram com ALL ON (-5,98%, a R$ 9,58), Braskem PNA (-4,07%, a R$ 14,82) e MRV ON (-3,86%, a R$ 11,43).

Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,51%, para 13.203 pontos; o Nasdaq caiu 0,29%, para 3.067 pontos; e o S&P 500 fechou em baixa de 0,35%, aos 1.413 pontos. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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