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Axa, maior seguradora do mundo, volta ao Brasil

17:38 | 20/08/2012
Após mais de um ano tentando comprar participações acionárias ou carteiras de seguradoras no Brasil sem sucesso, a francesa Axa decidiu começar uma operação do zero no país. Executivos franceses têm desembarcado em São Paulo no último mês para começar a desenhar a operação e alugaram uma sala na empresa que está dando consultoria para a "start up".

A Axa é a maior seguradora do mundo em volume de receita de prêmios de seguros e, como várias companhias europeias, quer aumentar sua presença em países emergentes - assim como a participação deles em suas receitas.

Para o Brasil, a seguradora francesa vai trazer o braço chamado Axa Corporate Solutions, focada em riscos corporativos. Mas também está no radar fazer seguro de vida em grupo para oferecer às empresas, ramo em que tem grande expertise lá fora. O plano é abrir as portas até o começo de 2013.

Os planos no Brasil ganharam urgência na estratégia da empresa, pois os franceses avaliaram que o Brasil já está caro e quanto mais demorarem para aportar aqui o mais "preço" vai subir. Esse teria sido um dos motivos pelos quais a Axa não conseguiu fazer aquisições de carteira ou participação.

Segundo executivos do setor segurador, a francesa conversou com companhias brasileiras que tinham interesse em vender suas carteiras de riscos corporativos, casos de algumas seguradoras de bancos, mas não fechou negócio. Outra opção que estava na mesa era a compra da fatia de 36% que o ING tem na SulAmérica - o acordo de resgate do grupo holandês o obriga a vender todas as operações de seguros no mundo até 2013.

E não é só a Axa que vai desembarcar no país nos próximos meses. A americana CV Starr já contratou executivo no país e a britânica Torus também se movimenta para abrir uma seguradora. As duas devem atuar também com riscos corporativos e de grandes obras. Ainda nesse segmento, estrearam recentemente no país a Essor Seguros - joint venture entre a francesa MAF e a resseguradora Scor - e a Argo, com sede nas Bermudas.

A Axa, na verdade, está recomeçando no Brasil. Em 2003, a companhia vendeu sua operação para a Porto Seguro, que passou a ser chamada de Azul Seguros. Já os programas de seguros de companhias globais passaram a ser emitidos pela SulAmérica, no que é chamado no jargão de mercado de "fronting" - caso em que uma seguradora local emite a apólice, mas o risco é assumido por outra companhia, na maioria dos casos estrangeira.

Estima-se no mercado que o volume de prêmios fruto dessa parceria com a SulAmérica seja de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões. Assim que abrir as portas no país, a tendência é que ela transfira esses riscos para sua carteira. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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