Preço da energia oscila 225% no primeiro semestre de 2012
A marca registrada em abril deste ano, no valor de R$ 212,80/MWh, já é considerada recorde dos últimos quatro anos, quando chegou a custar R$ 500/MWh
No primeiro semestre deste ano, o preço da energia oscilou entre R$ 31,31/MWh e R$ 212,80/MWh no mercado livre de energia. O percentual chega a 225%. A variação é efeito principalmente de fatores climáticos. A matriz energética brasileira é predominantemente de hidroelétricas (entre 70% e 75%) e de termoelétrica (17%). Os números são do grupo Safira Energia.
Os impactos desses preços são sentidos pelos agentes de mercado sem contratados fixos. O consumidor não percebe a variação diretamente porque os preços só são repassados com a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O gerente de regulação do grupo Safira, Fábio Cuberos explicou que o valor total da energia é formado pela soma do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e do ágio. Ele ressaltou que com uma matriz essencialmente hidroelétrica, há uma dependência significativa dos efeitos do clima.
Em janeiro, o valor da energia chegou ao mais baixo nível (R$ 31,31) e seguiu uma trajetória de elevação até alcançar R$ 212,80/MWh em abril deste ano. Ele explicou que o período de chuvas no Centro-oeste e no sudeste normalmente se encerra em março, mas este ano se encerrou antes. Com isso, o custo da energia subiu a R$ 50 em fevereiro e R$ 150 em março.
“A nossa matriz é hidroelétrica, que é à mercê do clima e traz volatilidade para quem está no mercado livre”, destacou. Com a redução do regime de chuvas, é preciso acionar as termoelétricas, que têm um custo mais alto.
Energia no segundo semestre
A partir de julho, a trajetória de oscilação de energia pode continuar ou ser interrompida. Essa variação vai depender principalmente do fenômeno climático El Niño, que poderá atrasar o início do período úmido. Os efeitos são de chuva no sudeste e centro-oeste e seca no norte e nordeste.
"A tendência é que a volatilidade continue elevada para o próximo semestre, já que o regime de chuvas está muito instável, afetando diretamente a variação dos valores" explica o diretor da Safira Energia, Mikio Kawai Jr.
O especialista afirma que o preço atingido em abril não era tão alto desde de fevereiro de 2008. Em janeiro daquele ano, a energia custou R$ 500 por MWh. "As empresas necessitam gerenciar riscos e ter um planejamento mais apurado para não se exporem à volatilidade extrema do mercado de curto prazo, suscetível a reveses elevados e podendo ocasionar na demissão de mais profissionais, como já ocorreu nesses primeiros seis meses," diz.
De acordo com a análise do executivo, muitas empresas devem continuar migrando para o Mercado Livre nos próximos meses. "Companhias com contratos mais longos, de 2 a 4 anos, por exemplo, logo perceberão que os preços são muito mais atrativos nesse modelo de atuação em relação ao cativo, e a migração resultará em uma maior economia de receita e mais significativa no budget anual," explica.
Tipos de energia
A matriz energética brasileira é predominantemente termoelétrica (70%, 75%), termoelétrica (17%), térmica de biomassa (3%)
“Atualmente não temos quase nada de energia solar, apenas alguns pontos experimentais. A eólica, apesar de ter tido muitos leilões e já ter energia contratada, ainda não está em operação”.
O custo da energia gerada pelas termoelétricas varia de acordo com o tipo de material utilizado. A termoelétrica de biomassa custa a partir de R$ 50, de gás natural entre R$ 120 e R$ 130). As de carvão e óleo diesel são mais caras.
Os impactos desses preços são sentidos pelos agentes de mercado sem contratados fixos. O consumidor não percebe a variação diretamente porque os preços só são repassados com a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O gerente de regulação do grupo Safira, Fábio Cuberos explicou que o valor total da energia é formado pela soma do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e do ágio. Ele ressaltou que com uma matriz essencialmente hidroelétrica, há uma dependência significativa dos efeitos do clima.
Em janeiro, o valor da energia chegou ao mais baixo nível (R$ 31,31) e seguiu uma trajetória de elevação até alcançar R$ 212,80/MWh em abril deste ano. Ele explicou que o período de chuvas no Centro-oeste e no sudeste normalmente se encerra em março, mas este ano se encerrou antes. Com isso, o custo da energia subiu a R$ 50 em fevereiro e R$ 150 em março.
“A nossa matriz é hidroelétrica, que é à mercê do clima e traz volatilidade para quem está no mercado livre”, destacou. Com a redução do regime de chuvas, é preciso acionar as termoelétricas, que têm um custo mais alto.
Energia no segundo semestre
A partir de julho, a trajetória de oscilação de energia pode continuar ou ser interrompida. Essa variação vai depender principalmente do fenômeno climático El Niño, que poderá atrasar o início do período úmido. Os efeitos são de chuva no sudeste e centro-oeste e seca no norte e nordeste.
"A tendência é que a volatilidade continue elevada para o próximo semestre, já que o regime de chuvas está muito instável, afetando diretamente a variação dos valores" explica o diretor da Safira Energia, Mikio Kawai Jr.
O especialista afirma que o preço atingido em abril não era tão alto desde de fevereiro de 2008. Em janeiro daquele ano, a energia custou R$ 500 por MWh. "As empresas necessitam gerenciar riscos e ter um planejamento mais apurado para não se exporem à volatilidade extrema do mercado de curto prazo, suscetível a reveses elevados e podendo ocasionar na demissão de mais profissionais, como já ocorreu nesses primeiros seis meses," diz.
De acordo com a análise do executivo, muitas empresas devem continuar migrando para o Mercado Livre nos próximos meses. "Companhias com contratos mais longos, de 2 a 4 anos, por exemplo, logo perceberão que os preços são muito mais atrativos nesse modelo de atuação em relação ao cativo, e a migração resultará em uma maior economia de receita e mais significativa no budget anual," explica.
Tipos de energia
A matriz energética brasileira é predominantemente termoelétrica (70%, 75%), termoelétrica (17%), térmica de biomassa (3%)
“Atualmente não temos quase nada de energia solar, apenas alguns pontos experimentais. A eólica, apesar de ter tido muitos leilões e já ter energia contratada, ainda não está em operação”.
O custo da energia gerada pelas termoelétricas varia de acordo com o tipo de material utilizado. A termoelétrica de biomassa custa a partir de R$ 50, de gás natural entre R$ 120 e R$ 130). As de carvão e óleo diesel são mais caras.