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Fusões e aquisições no Ceará no primeiro trimestre representam 62% das operações do ano passado

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem criado regras mais rígidas para o processo, o que gerou correria entre as empresas para acelerar as fusões e aquisições antes da aplicação das mudanças que passaram a valer em maio

12:13 | 05/07/2012
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No primeiro trimestre deste ano, o número de fusões e aquisições no Ceará representou 62% da quantidade de operações do tipo em todo o ano passado. Este ano, já foram confirmada cinco contra oito em 2011. Moinho Santa Lúcia e Ypióca foram alguns casos. Os dados são de pesquisa da consultoria KPMG.

O tema fusões e aquisições foi discutido na manhã desta quinta-feira, 5, no projeto Café com Finanças, promovido pelo Ibef e pela Fa7.

Segundo um dos palestrantes do Café com Finanças, o diretor associado da Deal Maker, Guilherme Soárez, há uma relação direta entre crescimento econômico e o aumento de fusões.

“À medida que a economia cresce e tem sustentação maior de empresas que crescem a reboque as empresas buscam oportunidades de continuar esse crescimento ou através de aquisições de novos produtos, entrando em novas regiões ou consolidando os mercados já estabelecidos, daí essa relação entre crescimento econômico e aumento de fusões e aquisições”, detalhou.

Regras mais rígidas

Segundo análise da colunista e âncora do programa O POVO Economia Neila Fontenele, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem criado regras mais rígidas para o processo, o que gerou correria entre as empresas para acelerar as fusões e aquisições antes da aplicação das mudanças que passaram a valer no final de maio. A preocupação das empresas era com a necessidade de uma análise prévia de aquisições e fusões pelo órgão governamental.

No último dia 27 de maio, o programa O POVO Economia da TV O POVO trouxe o presidente da Associação dos Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec), Célio Fernando, e o sócio da área de tributos da KPMG, Bergson Pereira para discutirem o crescimento do número de operações do tipo.

Neila Fontenele trouxe nota sobre o tema também em sua coluna no O POVO. Segundo o texto, a pesquisa da consultoria KPMG mostra o crescimento do mercado de fusões e aquisições. No ano passado, foram registradas 410 operações envolvendo empresas controladas por capital brasileiro, o que representa um crescimento de aproximadamente 23% em relação a 2010.

O sócio da área de tributos da KPMG, Bergson Pereira, destacou que um dos setores que chama atenção é o de tecnologia de informação, onde existe uma grande movimentação do mercado.

Ainda na coluna, Neila destacou que Célio Fernando chamou a atenção para a participação do governo nesse cenário de fusões e aquisições. Em muitos casos, o Governo é um dos principais sócios.

Redação O POVO Online com informações da repórter Luar Maria Brandão e da colunista Neila Fontenele

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