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FMI corta projeção para crescimento global

11:56 | 16/07/2012
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo sua perspectiva para a economia mundial e pediu às autoridades monetárias ações fortes para combater os múltiplos riscos ao enfraquecimento da recuperação global.

Na revisão trimestral do Cenário Econômico Global (WEO, na sigla em inglês), o FMI manteve a projeção de crescimento para a expansão da economia mundial em 3,5% em 2012, e reduziu de 4,1% para 3,9% a projeção para 2013, em comparação com a projeção divulgada três meses atrás.

O Fundo alertou que os riscos de uma desaceleração rápida "continuam amplos" devido à ameaça de atraso ou ação insuficiente das autoridades monetárias. No relatório, o FMI advertiu as autoridades monetárias na Europa e EUA dos perigos impostos pelo estado atual da economia. "As pessoas sentem que o mundo se tornou mais sombrio", afirmou o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard. "A tendência é um pouco pior do que as projeções sugerem. Ainda temos uma recuperação fraca no mundo."

As projeções estão baseadas em três grandes hipóteses: os líderes da zona do euro tomarão "atitudes políticas suficientes" para reduzir a crise financeira na região; o governo dos EUA agirá para evitar um aperto nítido na política fiscal no próximo ano; e os esforços dos países emergentes para acelerar o crescimento ganharão impulso.

O FMI espera desaceleração no crescimento este ano em quase todas as principais economias devido aos temores de que uma desaceleração profunda pese globalmente sobre empresas e consumidores, contribuindo para uma retração no comércio. "Eu acredito que provavelmente isso terá um efeito nas decisões em todo o mundo."

Emergentes

O FMI reduziu sua projeção para o crescimento da economia do Brasil este ano para 2,5%. No relatório anterior, divulgado em abril, o FMI previa uma expansão maior de 3,1% no Brasil.

O FMI reduziu também suas projeções de crescimento em 2012 para a China, de 8,2% para 8,0%, e para a Índia, de 6,8% para 6,1%. Segundo o FMI, essas economias emergentes estão desacelerando devido "a forças globais, demanda doméstica mais fraca e maior aversão dos investidores ao risco".

"Todos elas, de formas diversas, viram as exportações ou os investimentos desacelerarem", disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI. "Minha impressão é que... essas taxas de crescimento serão um pouco menores do que foram" ao longo da década passada. As informações são da Dow Jones.

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