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Começam obras civis da siderúrgica do Pecém

Foram concluídos os trabalhos de terraplenagem na área. Depois da cravação das estacas, seguem as obras civis. Com a nova fase, a quantidade de contratações deve ter um impulso mais evidente

10:50 | 16/07/2012

Atualizada às 12h45

Na manhã desta terça-feira, 17, devem começar as obras civis da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CSP). Uma solenidade marcará a cravação das primeiras estacas do projeto.

O evento será realizado nesta terça-feira, 17, às 9h30min, terá a presença do governador Cid Gomes; diretor presidente da Vale, Murilo Ferreira; do CEO da Posco, Joon-Yang Chung, e do CEO da Dongkuk Sae-Joo Chang.

A obra está em fase de terraplenagem. Até o momento, aproximadamente 60% do terreno já foi terraplenado. Em 2013 e 2014, serão realizadas as obras civis dos galpões, edificações, vias internas e instalações diversas. A montagem e os testes dos equipamentos serão feitos em 2014 e 2015 e a usina entrará em operação em setembro de 2015.

Depois da cravação das estacas, seguem as obras civis, que são o início da construção da usina. Com a nova fase, a quantidade de contratações deve ter um impulso mais evidente.

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) objetiva chegar a 3,5 mil vagas de emprego ocupadas em 2012.

Durante a fase de construção serão gerados cerca de 17 mil postos de trabalho diretos e indiretos e na fase de operação serão criados 4 mil postos diretos e cerca de 12 mil indiretos.

O empreendimento, com a primeira fase orçada em US$ 4,2 bilhões para produzir três milhões de placas de aço por ano, está entre os grandes projetos estruturantes do Estado.

A produção da usina será de 3 milhões de toneladas anuais de placas de aço (produto semi acabado) em sua primeira fase. A venda de 100% de sua produção está garantida pelos próprios sócios, por contratos de 15 anos (Dongkuk: 1 milhão e 600 mil toneladas anuais, Posco: 800 mil, Vale: 600 mil).

Até o final de 2012, o orçamento aplicado na usina será da ordem de US$ 900 milhões (cerca de 1,656 bilhão), informou a CSP.

Estacas de concreto

As estacas de concreto e aço foram transportadas de navio e o descarregamento – uma operação complexa em função do peso e tamanho das peças - seguiu um planejamento traçado pela CSP junto com a Ceará Portos. Cada estaca pesa de 2 a 4 toneladas e tem de 6 até 18,5 metros.

Atualmente já estão no local da CSP 10.315 estacas dos três primeiros carregamentos. São 3.778 do primeiro carregamento (desembarcado em 20/05), 2.533 do segundo (16/06) e 4.004 estacas do terceiro (01/07). Dois carregamentos estão em trânsito e devem chegar ao Pecém no dia 23 de julho com 5.684 estacas.

A CSP vai encerrar o mês de julho com um total de 48.481 toneladas de material recebido, o equivalente a aproximadamente 35% do total previsto para o ano (139.120 ton). Além de estacas de concreto e de aço, serão transportados vergalhões e estruturas metálicas. Os outros 65% (90.639 toneladas) compõem os 16 carregamentos que devem chegar ao site até o fim de 2012.

Preparação da CSP

Dois passos importantes foram prometidos e realizados em 2011. Um deles foi a assinatura do EPC (em inglês, Engineering, Procurement and Construction), de US$ 4,34 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões), com a Posco Engineering & Construction. Segundo havia informado o vice-presidente da CSP, Marcos Chiorboli, em entrevista em maio de 2011, a Posco vai ficar responsável por entregar a planta funcionando.

A CSP, sociedade anônima de capital fechado, é uma joint-venture resultado da parceria entre a brasileira Vale (50%) e as coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%). Primeira usina siderúrgica integrada da região Nordeste, a CSP vai investir US$ 5,1 bilhões. Em 2012, o investimento será de US$ 600 milhões.

Redação O POVO Online

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