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Bens intermediários derrubam confiança da indústria

14:13 | 27/07/2012
A indústria de bens intermediários foi a responsável por derrubar o Índice de Confiança da Indústria (ICI) no mês de julho, que recuou 0,5% em relação a junho. O setor foi o único dentre os analisados que registrou variação negativa no ICI, de 1,2%, no mesmo período. As justificativas, de acordo com o coordenador da Sondagem Conjuntural da Indústria de transformação feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo, são a concorrência externa e a lenta retomada da economia nacional.

Dentre os cinco gêneros industriais que registraram as maiores quedas na confiança, quatro são considerados bens intermediários. São eles: celulose, papel e papelão; metalúrgica; têxtil e química. O resultado do ICI dos bens intermediários em julho ficou 6,8 pontos porcentuais abaixo da média dos últimos cinco anos. O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de bens intermediários (NUCI) recuou de 85,5% em junho para 85% em julho.

O destaque positivo na confiança da indústria, por outro lado, foi o do setor de material para construção. O aumento de 8,1% no ICI do setor em julho, ante junho, mostra que havia uma demanda reprimida e que há um impulso provocado pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Para ver como havia uma demanda reprimida, o crescimento de julho superou o do trimestre, que ficou em 6,5%", afirmou Campelo.

A confiança da indústria de material para construção de julho ficou 7,9 pontos porcentuais acima da média dos últimos cinco anos. "A confiança do setor de material para construção está recuperando de forma bem mais forte. O indicador já está acima da média", disse o coordenador da pesquisa. Os bens não duráveis também apresentaram crescimento no indicador, de 1,5% em julho ante junho. "Eles dependem mais da massa salarial e menos do crédito", comentou Campelo.

O ICI da indústria de bens duráveis também registrou crescimento, de 0,5% em julho ante junho. De acordo com Campelo, contanto, as indústrias de bens duráveis e de bens de capital vinham registrando quedas tão profundas que a alta registrada em julho não é expressiva. O ICI para os bens de capital cresceu 0,3% em julho. Os dois setores estão abaixo da média registrada pelo indicador nos últimos cinco anos.

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