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Termina greve de rua da construção civil

Os operários irão fardados aos canteiros de obras, mas não deverão voltar ao trabalho enquanto não for fechado acordo sobre os dias parados

12:50 | 04/06/2012
As mobilizações diárias dos trabalhadores da construção civil pelas ruas de Fortaleza deverão se encerrar a partir desta terça-feira, 5. Em assembleia no final da manhã desta segunda-feira, 4, os operários decidiram continuar o movimento grevista apenas dentro dos canteiros de obras. A paralisação que já dura 28 dias tem um custo médio de R$ 6 milhões por dia, segundo estimativas do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).

Os operários irão fardados aos canteiros de obras, mas não deverão voltar ao trabalho enquanto não for fechado acordo sobre os dias parados, segundo orientações do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (Sticcrmf). De acordo com o Sindicato, 20 empresas de um total de 500 já teriam fechado acordo sobre dias parados.

O presidente do Sinduscon, Roberto Sérgio, disse não acreditar que as construtoras estejam procurando o sindicato dos trabalhadores para negociar individualmente. “O posicionamento é de não acreditar que isso seja verdade. É a pregação de desunião do nosso sindicato, coisa que não está acontecendo”, afirmou. Ele disse ainda que é unanimidade entre as empresas filiadas ao Sindicato não pagar pelos dias parados.

Segundo Roberto Sérgio, a sociedade tem que comemorar o fim da greve de rua, mas as construtoras continuarão a ser penalizadas. “Se acabou a greve de rua, tem que haver uma consulta geral à sociedade que vai se sentir beneficiada por não ser mais agredida, mas nós vamos continuar a ser agredidos dentro dos canteiros de obras e isso não constitui solução”, lamentou. Os atrasos nas obras serão inevitáveis, segundo Roberto Sérgio.

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