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Operários e construtoras assinam acordo que finaliza greve da construção civil

Empresários se comprometeram a pagar o mês de salário deste mês e a descontar os dias paradas em cinco parcelas durante o ano. Os descontos não incidem sobre participação nos lucros, 13º salário e férias

07:04 | 06/06/2012

Atualizada às 11h45

Depois de 29 dias de greve, os operários da construção civil voltaram ao trabalho. O último ponto a ser negociado, os dias parados, foi acordado em reunião na tarde da terça-feira, 5. Com isso, os 59 mil trabalhadores do setor deverão retornar aos canteiros de obras normalmente na manhã desta quarta-feira, 6. O acordo de convenção coletiva deverá ser assinado às 9h na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), os empresários se comprometeram a pagar o mês de salário deste mês e a descontar os dias paradas em cinco parcelas durante o ano. Os descontos não incidem sobre participação nos lucros, 13º salário e férias.

Retorno ao trabalho

De acordo com estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), já na tarde da terça-feira, 5, cerca de 90% dos 59 mil operários da construção da Região Metropolitana de Fortaleza compareceram aos canteiros de obra. Com isso, 85% dos 650 canteiros existentes tiveram o trabalho normalizado.

Para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), somente 50% dos trabalhadores retornaram ao trabalho na terça-feira, 5. O levantamento leva em consideração a região da Aldeota, onde se concentram 25% dos trabalhadores em atividade. Nessa região, afirma o Sindicato, os canteiros estavam fechados porque os acordos individuais não haviam sido feitos.

Acordo de negociação

Segundo informações do Sinduscon-CE, dentro das cláusulas econômicas, negociadas desde o último dia 28 de maio, o reajuste médio foi de 10% para servente, meio profissional, profissional, encarregado de setor e mestre de obras e 8% para as demais funções; além do valor de R$ 50,00 para o auxílio alimentação.

O impasse sobre o dias parados foi negociado na terça-feira, 5. “Nosso objetivo foi proteger nossos colaboradores da difícil situação econômica emergencial a que foram levados pela greve”, afirma Fernando Pinto, vice-presidente da Comissão de Relações Trabalhistas do Sindiscon-CE. Em assembleia geral, os empresários da construção civil propuseram um adiantamento aos trabalhadores no valor do desconto dos dias não trabalhados entre o período de 7 de maio a 8 de junho, com seus respectivos repousos remunerados. O adiantamento será realizado até o próximo dia 12/06/12  será descontado em folha nos próximos 5 meses.

Além do adiantamento dos dias descontados na greve, os dias não trabalhados também não terão reflexos nas férias e na gratificação de participação dos resultados.

Reajustes salariais

Após 15 rodadas, foram negociadas as seguintes pisos:

Servente...................................R$ 639,00

Meio Profissional........................R$ 722,50

Profissional................................R$ 970,00

Encarregado Setor......................R$ 1.145,00

Mestre de Obras........................R$ 1.650,00

Demais funções......................... 8%

Redação O POVO Online

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