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Obras públicas preocupam empresários da construção

12:41 | 06/06/2012
O andamento das obras públicas foi o principal responsável pela queda na confiança dos empresários da construção diante da situação atual dos negócios e também em relação às expectativas sobre o nível de atividade futura, conforme mostra a pesquisa Sondagem da Construção, divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

"Havia uma expectativa de retomada dos investimentos públicos, mas isso não está acontecendo no ritmo esperado pelos empresários da construção", observou Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos de construção da FGV.

O Índice de Confiança da Construção caiu 7,8% na média trimestral encerrada em maio. O recuo ocorreu nos seus dois componentes. No período, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 9,3%, enquanto o Índice de Expectativas (IE) baixou 6,5%.

Em maio, o recuo do Índice da Situação Atual foi puxado principalmente pela piora na confiança nas obras de infraestrutura, com variação negativa de 17,5%. No quesito de obras de edificações e obras de engenharia civil, houve recuo de 9,6%. Nessa categoria, o subcomponente obras viárias (estradas) caiu 19,3%, uma queda bem maior que o de edificações (-6,1%) e obras de arte (pontes e viadutos -4,0%).

Dentro do Índice de Expectativas, o comportamento foi semelhante, com a confiança nas obras de infraestrutura recuando 12,7% em maio. No mesmo mês, as obras de edificações e engenharia civil perderam 6,1%, contando também com o fraco desempenho do subcomponente obras viárias (-4,1%).

Ainda em relação ao Índice de Expectativas, Ana Maria chamou atenção para o recuo de 5,7% na preparação de terreno. "É uma sinalização ruim, pois esse é um indicador das atividades futuras. Mostra que podemos ter uma acomodação no volume de obras", apontou a pesquisadora.

Ana Maria lembrou que, apesar da queda no Índice de Confiança da Construção, a maioria dos empresários ainda está otimista. Em maio o índice ficou em 126,1 pontos. Quando acima de 100 pontos, o indicador sinaliza otimismo. "O que temos é uma situação ainda boa, mas com sinal amarelo, já que a demanda do setor de infraestrutura está gerando uma dúvida no mercado", explicou.

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