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Nordeste tem maior crescimento em empregos na construção civil

Pesquisa do IBGE aponta que o Nordeste é destaque no crescimento da participação em pessoal ocupado na indústria da construção. Entre 2007 e 2010, o percentual passou de 17% para 19%. Apesar da expansão, o Sudeste continua detendo a maior participação, com 56,1%

10:00 | 15/06/2012

Atualizada às 14h20

Entre as regiões brasileiras, o Nordeste é destaque no crescimento da participação em pessoal ocupado na indústria da construção. Entre 2007 e 2010, o percentual passou de 17% para 19%. Outro destaque é o percentual que a região representa no valor das incorporações, obras e serviços, que foi de Porém, o Nordeste teve o maior crescimento entre 2007 e 2010 (de 17% para 19% e de 11,7% para 13,8%. Os números foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da expansão, o Sudeste continua detendo a maior participação nos dois quesitos, com 56,1% em pessoal ocupado e 63,6% em das incorporações, obras e serviços. O Centro-Oeste também teve crescimento, de 7,2% para 7,6% e de 6,8% para 7,4%.

O crescimento percentual do Nordeste e do Centro-Oeste se deve aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Programa Minha Casa, Minha Vida e dos preparativos para a Copa do Mundo em 2014, de acordo com a pesquisa.

Destacam-se, no Nordeste, a transposição do rio São Francisco, a ampliação do sistema de esgotamento sanitário para o emissário submarino de Salvador e as ferrovias Transnordestina, Leste-Oeste. Já no Centro-Oeste, os destaques ficam com a construção da Ferrovia Norte-Sul e as obras de asfaltamento e duplicação de diversas estradas, entre elas a BR-163, BR-158 e BR-364.

Imóveis impulsionam construção no Ceará

No Ceará, as obras da Copa não representam o principal incrementona construção civil. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Roberto Sérgio, a principal obra da Copa até agora é o Castelão.

Roberto Sérgio destacou ainda que a construção de prédios residenciais e construções particulares são os mais importantes na construção civil cearense. 

O presidente do Sinduscon disse ainda que o crescimento expressivo do setor visto até 2010 começa a ser reduzido. Segundo ele, a construção civil passa agora por uma acomodação. "Até meados de 2011, o setor aquecido. Agora está equilibrado com tendência de cair", completou. Segundo ele, a tendência deverá se manter apesar de ainda haver uma demanda grande por imóveis na cidade.

Incorporações, obras e serviços

O estudo do IBGE aponta ainda que o valor das incorporações, obras e serviços de empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas aumentou 61,5% em quatro anos. Em 2010, das 74,9 mil empresas da indústria de construção, 11,8 mil tinham 30 ou mais pessoas ocupadas. Essas empresas compõem o “estrato certo” da pesquisa e são sempre pesquisadas em sua totalidade, enquanto as informações das empresas com menos de 30 pessoas ocupadas são coletadas por amostragem.

O valor das incorporações, obras e/ou serviços executados para as empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas atingiu R$ 212,5 bilhões, um crescimento de 20,9% em relação a 2009 e 61,5% no confronto com 2007, descontados os efeitos inflacionários.

As obras residenciais executaram construções no valor de R$ 43,8 bilhões, correspondendo a 20,6% do total das obras e/ou serviços em 2010, mais do que em 2009 (16,2%) e 2007 (15,1%). O ganho de participação deve-se, principalmente, aos edifícios residenciais, que passaram de R$ 26,0 bilhões em 2009 para R$ 39,4 bilhões em 2010, aumentando sua participação de 15,8% para 18,5% no total da construção nestes dois anos.

Redação O POVO Online

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