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Lagarde pede sinal de fortalecimento da zona do euro

13:32 | 16/06/2012
A Europa deve imediatamente sinalizar que fortalecerá a zona do euro, disse neste sábado a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, na véspera das eleições parlamentares da Grécia, que são fundamentais para o futuro da união monetária.

"Em um prazo muito curto, talvez em menos de três meses, é necessário que os europeus, particularmente aqueles no coração da zona do euro, deem fortes sinais sobre a sua vontade coletiva de reforçar a união monetária", afirmou ela ao jornal francês Libération.

Lagarde ressaltou a necessidade de uma autoridade comum comandar o bloco, e não "bancos centrais nacionais". Ela também recomenda uma supervisão mais rígida do setor financeiro e mecanismos para resolver a crise dos bancos.

A diretora-gerente do FMI sugeriu ainda a criação de um tesouro para a zona do euro, acrescentando: "Todos os países da zona do euro devem aceitar a comunidade orçamentária, bancária e financeira, em que as decisões serão adotadas de forma coletiva."

A Grécia, que foi contemplada junto com Portugal e Irlanda um linha de crédito internacional, volta às urnas neste domingo para uma segunda eleição parlamentar em seis meses. A votação será monitorada de perto pelo mundo inteiro, uma vez que todos os principais candidatos agora pedem uma renegociação do acordo de resgate da Grécia, apesar de alertas de que o país deve cumprir os compromissos ou deixar a zona do euro.

Líderes europeus, especialmente a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram que os termos devem ser mantidos, mas autoridades afirmam que há espaço de manobra e uma disposição em atender às necessidades gregas para retomar o crescimento econômico após cinco anos de recessão.

O país atualmente está na segunda parcela do um empréstimo internacional de 130 bilhões de euros. Menos de uma semana atrás, os líderes europeus concordaram em resgatar os bancos espanhóis com 100 bilhões de euros. A Itália adotou uma série de medidas para impulsionar o crescimento, bem como planos de vender ativos do Estado e reduzir o quadro de funcionários públicos. As informações são da Dow Jones.

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