Incentivos devem ter reflexo no consumo no 2º semestre
Ainda que o item "compra a prazo" tenha apresentado queda de 1,8%, o pior resultado na comparação mensal, a interpretação do economista é de que este é um resultado sazonal, após o registro de altas para o mesmo item em meses anteriores. Pode refletir também uma pequena tendência de compra à vista, ao invés de no crédito. Na comparação anual, a intenção de "compra a prazo" subiu 2%.
"As famílias demonstraram possuir estoque de dívida de curto e não de longo prazo. Embora o governo tenha sido criticado por estimular o consumo, em meio a um cenário de endividamento, ainda há espaço para continuar consumindo. Na primeira crise (de 2009), a demanda era muito mais reprimida, é claro. Mas, ainda assim, há espaço para estímulo ao consumo", afirmou Fernandes.
Na contramão às medidas de incentivo do governo e à massa salarial, está o cenário do mercado de trabalho, que continua perdendo força. "O quadro é favorável, mas não é possível negar que o ritmo da economia está mais fraco", ressaltou o economista da CNC.