Fiesp elogia BNDES, mas quer maior prazo de tributos
"Além do corte de taxas, o governo deveria promover aumento no prazo de recolhimento de impostos. Isso é mais eficiente, prático e democrático", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Segundo a entidade, ao ampliar o prazo para as empresas pagarem PIS/Cofins, IPI, INSS ou mesmo Imposto de Renda, o governo garantiria maior liquidez para todos os tipos de empresas e estimularia a economia de forma generalizada.
A Fiesp diz ainda que, com a piora da crise externa e a incerteza sobre seus efeitos na economia local, é natural que os bancos fiquem mais seletivos na oferta de crédito para as empresas, especialmente as micro, pequenas e médias. Assim, embora o BNDES libere dinheiro para empréstimos a custo mais baixo, os bancos que atuam na concessão para o tomador final não necessariamente liberam os recursos, e mesmo quando concedem o empréstimo, a taxa mais baixa pode ser anulada por um spread alto.
Conforme anúncio feito nesta terça-feira, o BNDES cortou as taxas de capital de giro para micro e pequenas empresas de 9,5% para 6%. Para as médias, passou de 9,5% para 6,5%. Para as grandes e médias-grandes empresas, a taxa será de 8%, ante 10%.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse esperar que os bancos repassem esse corte e que as linhas cheguem para as empresas com uma taxa final entre 9,5% e 9%. O objetivo dos cortes é estimular a economia por meio do aumento dos investimentos privados.