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Crise mundial contamina economia brasileira por 'diversos canais'

10:05 | 28/06/2012
Em seu relatório de inflação trimestral, publicado nesta quinta-feira, 28, o Banco Central afirmou que o baixo crescimento da economia internacional deve durar "por um período de tempo prolongado". "Desde o último relatório [de inflação, publicado em março deste ano], acumularam-se evidências apontando ritmo de crescimento modesto". O BC reviu sua projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 3,5% para 2,5%.

A turbulência externa, diz a autoridade monetária, com destaque para a crise na União Europeia, se transmite à economia brasileira por diversos canais. "Acumulam-se evidências que apoiam a visão de que os desenvolvimentos são de grande complexidade e se transmitem para a economia brasileira por diversos canais, entre outros, moderação da corrente de comércio, moderação do fluxo de investimentos e condições de crédito mais restritivas. Também constitui canal de transmissão de grande importância a repercussão sobre a confiança de empresários, com impactos desfavoráveis sobre decisões de investimento", afirma o BC.

No caso da inflação --a projeção oficial do BC foi elevada de 4,4% para 4,7% no final deste ano e reduzida de 5,2% para 5% no final de 2013-- a autoridade monetária lembra que a crise internacional faz com que os preços das commodities se retraiam, o que é favorável do ponto de vista da inflação.

Pondera, por outro lado, que um risco importante para a variação de preços vem do mercado de trabalho. "De um lado [o mercado de trabalho] mostra sinais de moderação; de outro, margem estreita de ociosidade. Um aspecto crucial nessas circunstâncias é a possibilidade de o aquecimento no mercado de trabalho [...] levar à concessão de aumentos reais de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação", afirma o texto do BC. As informações são da Folha de São Paulo.

Redação O POVO Online

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