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Consumo de energia per capita alcança o patamar mais alto em oito anos

10:12 | 18/06/2012

O consumo de energia per capita (o que cada brasileiro consumiu de energia por ano) alcançou 52,9 gigajoules por habitante (GJ/hab) em 2010, dado mais recente. Foi o maior índice desde o início da série histórica, em 1992, ultrapassando 2008, até então o maior (50 GJ/hab), após uma redução para 48,3 GJ/hab, em 2009. Os números são da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS 2012) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta segunda-feira, 18.

Segundo os analistas do IBGE, o aumento no consumo está relacionado ao grau de desenvolvimento do país e ao maior acesso a bens de consumo essenciais e a serviços de infraestrutura. A eficiência no uso da energia na economia brasileira tem se mantido estável, devido ao crescimento quase em paralelo do consumo de energia e do PIB ao longo dos anos.

As fontes renováveis foram utilizadas para produzir 45,5% da energia utilizada no Brasil. No entanto, a matriz energética brasileira ainda é dependente, em parte, de fontes não renováveis. Os dados mostram um ligeiro aumento de participação do gás natural (de 8,7% em 2009 para 10,8% em 2010) e do carvão mineral e derivados (de 4,7% para 5,2%), enquanto a participação de petróleo e derivados permaneceu estável (37,9% em 2009 e 37,6% em 2010), bem como a de urânio e derivados (1,4% nos dois anos).

Em 2010, as reservas de petróleo e gás natural foram consideradas suficientes, com vida útil estimada em 19 anos para o petróleo e 18 anos para o gás. Podem ocorrer oscilações nas próximas avaliações da vida útil do petróleo, devido às descobertas recentes de petróleo na camada do pré-sal.

Redes de água e esgoto se expandem no País

A análise do acesso à rede geral de água mostra que tem crescido continuamente o percentual da população com abastecimento adequado: 93,1% na zona urbana em 2009. Os números eram mais altos no Sudeste (97,1%) e no Sul (95,3%), seguindo-se Nordeste (92,0%), Centro-Oeste (91,6%) e Norte (68,7%).

Quanto ao esgotamento sanitário, em 2009, cerca de 80% dos moradores em áreas urbanas e 25% na área rural eram providos de rede geral coletora de esgoto ou fossa séptica. No período estudado, 1992 a 2009, observou-se contínuo crescimento do percentual de domicílios urbanos atendidos por rede coletora.

O indicador de acesso a serviço de coleta de lixo doméstico apresenta resultados mais favoráveis ao desenvolvimento sustentável que os demais indicadores de saneamento. Em 2009, 98,2% dos moradores em áreas urbanas tiveram seu lixo coletado.

90% de redução das substâncias destruidoras da camada de ozônio

A pesquisa aponta redução de 90% em relação às substâncias destruidoras da camada de ozônio. Elas passaram de 11.099 t PDO (tonelada de Potencial de Destruição da Camada de Ozônio), em 2000, o consumo caiu para 1.208 t PDO, em 2010.

Nesses dez anos, decresceu também, bastante, o consumo do produto mais perigoso: o CFC (clorofluorcarbono). O estudo registra ainda crescimento mais lento de indicadores para efeito estufa. Entretanto, os desmatamentos na Amazônia e as queimadas nos cerrados somam mais de 50% do total de emissões líquidas. Ressalte-se que a destruição de florestas e outras formas de vegetação nativa respondem por mais de 75% das emissões líquidas de CO2.

No esforço de manutenção da biodiversidade, cresce o número de áreas protegidas, sobretudo as de uso sustentável; as Unidades de Conservação (UCs) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

Redação O POVO Online

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