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Confiança do setor de construção recua, segundo FGV

09:06 | 06/06/2012
O Índice de Confiança da Construção (ICST) medido pela Fundação Getúlio Vargas registrou queda pelo segundo mês consecutivo em maio na comparação com o mesmo período de 2011. Em maio, o indicador trimestral recuou 7,8% sobre o intervalo de março a maio do ano passado. Este é o pior resultado desde fevereiro, quando a retração foi de 8,4% em igual comparação. Já o indicador de fevereiro a abril teve recuo de 6,8% ante mesmo período do ano anterior.

"O resultado geral sinaliza que o momento de desaceleração mais geral da economia vem influenciando as avaliações do setor, particularmente em relação às variáveis associadas ao momento atual", diz o relatório da Sondagem da Construção de maio, divulgado nesta quarta-feira.

Os segmentos que puxaram a piora na comparação interanual foram os de Obras de Instalações, com variação negativa de 7,6% ante variação, também negativa, de 5,3% no trimestre encerrado em abril; e o segmento de Obras de Infraestrutura para Engenharia Elétrica e de Telecomunicações, que fechou o mês de maio em queda de 15%, frente a uma variação negativa de 13,1% do trimestre terminado em abril.

A melhora foi registrada no segmento Obras de Acabamento, com variação negativa de 2,9% contra uma variação negativa de 4,5% em abril; e no segmento Aluguel de Equipamentos de Construção e Demolição, com operador, que subiu de 3,4% em abril para 6,1% em maio.

A piora da confiança do empresário da construção foi vista também nas avaliações em relação ao futuro. No trimestre findo em maio, o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 6,5%, ao passo que era de -5,3% em abril. Nesse indicador, o quesito sobre demanda prevista para os próximos três meses caiu de uma variação negativa de 5,9% em abril para uma variação negativa de 7,4% em maio. Os empresários que preveem melhora na demanda estão em menor número: eram 45,1% em maio de 2011 e agora são 36,3%. Já os que esperam piora cresceram de 3,8% para 5,5% do total.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) ficou negativo em 9,3% em maio, contra -8,6% em abril. Nesse índice, o item sobre "situação atual dos negócios" piorou, saindo de uma variação negativa de 10,2% em abril para -11,1% em maio. Das 731 empresas consultadas, 30,9% avaliam a situação atual como boa, na média do trimestre findo em maio, ante 42,4% no mesmo período de 2011; e 10,2% a consideram ruim (contra 6,5%).

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