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Cesta básica de Fortaleza registra segunda maior elevação do País

A inflação no preço da cesta básica foi influenciada pela alta de 10 itens, destaque para os preços do tomate (47,93%), da farinha (14,57%) e do feijão (7,39%)

10:27 | 04/06/2012

Atualizada às 14h20

A cesta básica de Fortaleza registrou inflação de 6,91% no mês de maio. O conjunto dos 12 produtos somou R$ 234. Entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, a capital registrou a segunda maior elevação (6,91%), superada apenas por Recife (7,12%). Os número são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A inflação no preço da cesta básica foi influenciada pela alta de 10 itens, destaque para os preços do tomate (47,93%), da farinha (14,57%) e do feijão (7,39%).

O resultado surpreendeu, segundo o supervisor do escritório regional do Dieese no Ceará, Reginaldo de Aguiar Silva. Segundo ele, tradicionalmente há uma tendência de alta da cesta no primeiro semestre e no segundo semestre, os 12 itens começam a ficar mais baratos.

No entanto, a tendência é de alta generalizada. “Não é um problema localizado no Ceará. Houve problemas de seca em várias regiões produtoras”, completou. 

Itens muito importantes para o valor total da cesta, como tomate, farinha e feijão já vinham em tendência de alta há algum tempo, explicou. Segundo ele, apenas café está com tendência de queda e açúcar apresentou estabilidade.

O item que tem maior representatividade no valor final é a carne (que custou R$ 74,16), que apresentou variação anual de 9,93%. O feijão, que também possui representatividade na cesta obteve a maior elevação anual (98,85%). No período, o valor do alimento passou de R$ 12,20 para R$ 24,26 o custo de 4,5 kg.

O tomate foi destaque no mês de maio, com uma variação de 47,93%. “No brasil inteiro o valor aumentou e a produção do Ceará, que é quase toda na serra da Ibiapaba, deve estar indo para outros estados”, destacou.

Mais tempo de trabalho

A alta nos preços dos produtos da cesta básica fez com que um trabalhador, para adquirir os produtos, tivesse que desprender 82 horas e 46 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade. O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 702.

Nacionalmente, na sequência entre os maiores crescimentos do preço da cesta, aparecem Salvador (4,74%), Goiânia (4,69%) e João Pessoa (4,14%). As duas localidades onde houve retração nos preços foram Florianópolis (-1,01%) e Brasília (-0,90%).

Semestral e Anual

As variações semestral e anual da Cesta Básica, em Fortaleza, foram de 13,35% e 7,33%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em maio de 2012 (R$ 234,00) está mais cara do que em novembro de 2011 (R$ 206,44) e maio de 2011 (R$ 218,01).

No semestre, dos produtos que compõem a Cesta Básica os que sofreram maior elevação nos preços, foram: o feijão (79,7%), a banana (27,33%) e a farinha (26,67%). Os produtos que sofreram redução no preço foram: o açúcar (-6,16%), e o leite (-0,92%).

Na série de 12 meses, dos produtos que compõem a Cesta Básica, os que sofreram maior inflação no período foram: o feijão (98,85%), a banana (14,24%) e o café (12,85%). Os produtos que sofreram maior redução no preço no período foram: o tomate (-29,38%) e o acúcar (-8,76%).

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