Augustin afirma que governo mantém meta do superávit
"O governo lançou uma série de medidas com impacto fiscal, com redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), desoneração da folha de pagamentos. E nós vamos continuar a fazer política fiscal", declarou.
Na avaliação dele, o resultado do superávit primário no primeiro quadrimestre "é forte" e permite que se mantenha a meta do superávit deste ano. "Estamos com mais de R$ 40 bilhões e a meta do quadrimestre era de R$ 24 bilhões." Segundo ele, não é correto dizer que o resultado de janeiro a abril está abaixo da média dos últimos oito anos. Augustin frisou que o dado no período só é menor do que o apurado em 2008, quando foi 0,5 ponto porcentual do PIB acima do previsto pelo Poder Executivo na época.
Questionado pela Agência Estado se o fraco avanço de 0,2% do PIB no primeiro trimestre vai demandar aumento do ritmo da Formação Bruta de Capital Fixo, Augustin ressaltou que o governo vai aumentar significativamente os investimentos em 2012. "A velocidade dos investimentos depende muito mais do cronograma de obras, de a infraestrutura ocorrer, resolver bem questões ambientais", acrescentou.
Desembolsos
Não há definição para o cronograma de desembolsos do governo para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste ano, que pode chegar até R$ 45 bilhões. "Não há nada definido sobre isso", afirmou Augustin, citando que o Poder Executivo não vai acelerar a liberação de recursos públicos para o banco de fomento a fim de estimular o PIB do País.
Augustin disse que o governo não tem qualquer restrição financeira para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Esperamos que cresça o desembolso para investimentos. Isso vai melhorar."