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Venda de veículos e peças cai pelo 3º mês consecutivo

10:22 | 17/05/2012
A venda de veículos, motos, partes e peças registrou em março o terceiro mês consecutivo de quedas nas vendas, conforme dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo no volume de vendas em março foi de 1,4% em relação ao mês anterior, após o setor já ter registrado taxas negativas em janeiro (-3,3%) e fevereiro (-2,1%).

"Em 2010 e 2011 vendeu-se muito automóvel por conta de estímulo de crédito, aumento de renda. Todo mundo trocou de carro. Mas, agora, a inadimplência tem aumentado muito, exatamente nos financiamentos dos automóveis novos. As financeiras não estão liberando empréstimos para compras de automóveis novos como vinham fazendo anteriormente", apontou Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ele, não há mais financiamentos disponíveis nas condições que atraíam o consumidor, com pagamento em 60 meses e entrada pequena, o que dificulta as vendas.

"Para comprar em 60 meses ou com pouca entrada está difícil. As financeiras estão obrigando (o cliente) a dar, no mínimo, 20% de entrada, e o prazo para financiamento caiu para 48 meses. Ah, mas os juros estão caindo. Sim, estão caindo, mas estamos com esse problema de inadimplência exatamente para financiamento de automóveis, então você tem dificuldade de obter financiamento como obtinha antes, com entrada menor e prazo maior", disse Pereira.

Ainda no varejo ampliado, a atividade de material de construção teve aumento de 0,3% nas vendas em março, recuperando parte da queda de 0,4% verificada em fevereiro. "Temos aqui contribuindo para material de construção algumas entregas do programa Minha Casa, Minha Vida. Estão entregando algumas casas por conta de ano eleitoral. Mas material de construção também é uma atividade que vem desde o ano passado com a renúncia fiscal do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para mais de 20 produtos. Cimento, tijolo, tinta, há uma lista enorme. O IPI não foi revogado para material de construção", lembrou Pereira.

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