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Statoil e Rosneft assinam acordo para petróleo na Rússia

15:24 | 05/05/2012
A norueguesa Statoil assinou um acordo de cooperação que pode valer US$ 100 bilhões com a estatal de petróleo russa Rosneft para desenvolver os recursos energéticos russos praticamente intocados no Ártico. A Statoil se junta à norte-americana ExxonMobil e à italiana Eni, que assinaram acordos similares com a Rosneft no começo do ano passado, em uma corrida para o Ártico russo em seguida à decisão do governo local de aprovar isenções fiscais para os potencialmente ricos campos de petróleo em alto mar.

A Rússia está enfrentando um declínio na produção em suas tradicionais regiões de petróleo e tenta atrair empresas de energia de países do Ocidente com recursos financeiros e conhecimentos para desenvolver os campos do Ártico. O movimento de abertura do Ártico para investidores estrangeiros recebeu apoio do presidente eleito Vladimir Putin, que estava presente na cerimônia de assinatura do acordo neste sábado.

O acordo é estruturado de forma parecida com os assinados pela Exxon e pela Eni. A empresa norueguesa criará joint ventures com a parceira russa para explorar os campos no Mar de Barents e no Mar de Okhotsk, ficando com uma participação de 33,33% em cada uma. A Statoil pagará todo o custo da exploração, além de alguns custos históricos e possíveis bônus para a Rosneft. O acordo também prevê participação da Rosneft em projetos da Statoil na Noruega.

As duas companhias vão explorar juntas a licença de Perseevsky, na parte russa do Mar de Barents Central, e três licenças - Kashevarovsky, Lisyansky e Magadan-1 - ao norte da ilha de Sakhalin, no Mar de Okhotsk. As quatro licenças correspondem a uma área de mais de 100 mil quilômetros quadrados e podem exigir um investimento entre US$ 65 bilhões e US$ 100 bilhões durante décadas.

Outro player ocidental do setor de petróleo, a britânica BP, informou neste sábado que também está interessada em participar de projetos na parte russa do Ártico. A BP só pode investir na Rússia por meio de sua joint venture com um grupo de bilionários locais, a TNK-BP, para evitar uma violação do acordo de acionistas. As informações são da Dow Jones.

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