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País está preparado para crise, não imune, diz Pimentel

12:50 | 22/05/2012
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta quarta-feira, que o Brasil está preparado para enfrentar a crise internacional, mas isso não quer dizer que o País esteja imune. "Sentimos que o comércio internacional caiu muito", disse. Ele destacou que também houve uma "exacerbação" na competitividade de outros países com as exportações brasileiras.

Os impactos, segundo ele, recaem sobre a indústria e explica por que os índices de produção industrial não tenham evoluído a contento. "Isso nos preocupa. Significa que de fato estamos enfrentando a concorrência externa muito forte e, por isso, estamos tomando medidas para ajudar a indústria."

Pimentel avalia que a capacidade de crescimento do Brasil está fortemente baseado no fato de haver um mercado interno "poderoso, pujante e em expansão", daí o empenho da área econômica do governo com este mercado. "Tomamos tanto cuidado, seja para incentivar o crescimento do mercado, seja garantindo acesso a crédito barato ou a taxas de juros mais baratos, seja defendendo o mercado de práticas comerciais internacionais abusivas", afirmou.

Sobre a questão do dólar, Pimentel afirmou que um dos eixos de atuação do governo tem sido garantir que a taxa de câmbio fique em patamar adequado, de forma a não permitir uma valorização excessiva do real, o que prejudica a indústria brasileira. "O dólar está em R$ 2, hoje até um pouco acima de R$ 2. Eu quero crer que este valor é muito adequado para a indústria ser cada vez mais competitiva", afirmou, ao participar de seminário no Senado Federal para discutir os desafios da indústria frente à crise internacional.

O ministro disse também que é preciso elevar os investimentos dos atuais 19% a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) para 23%, 24% ou 25%, a fim de conferir maior competitividade à indústria. A meta do Brasil Maior é atingir um patamar de 22,4% do PIB em investimentos até 2014.

Argentina

O ministro informou que haverá uma nova reunião, na próxima semana, entre o segundo escalão dos governos brasileiro e argentino para tentar reduzir as barreiras ao comercio bilateral entre os países. Segundo ele, a reunião será técnica para analisar o quadro geral "dessas tratativas".

Ele espera que a Argentina concorde em abrir o seu mercado para a carne suína brasileira. Ele destacou que o Brasil tem ajudado o país vizinho, que hoje conta com investimentos para obras, por meio de recursos do BNDES. "A relação preocupa muito, mas é um país amigo e queremos desobstruir o comércio", disse o ministro.

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